Uma greve de 24 horas dos funcionários dos aeroportos na Argentina resultou no cancelamento de mais de 400 voos com destino ou origem no país nesta quarta-feira (28). Companhias aéreas como Gol, Latam, Aerolíneas Argentinas, JetSmart, entre outras, suspenderam completamente suas operações, afetando mais de 35 mil passageiros.
No entanto, American Airlines e a empresa de baixo custo Flybondi continuam operando, com ajustes em seus serviços nos terminais. As demais companhias estão oferecendo opções de remarcação sem custo ou reembolso aos passageiros afetados.
A greve, acordada na semana passada por três sindicatos, foi antecipada para a meia-noite desta quarta-feira pela Associação de Pessoal Aeronáutico (APA), União de Pessoal Superior e Profissional (Upsa) e Associação dos Pilotos de Linhas Aéreas (APLA). Eles demandam um aumento salarial maior do que os 12% oferecidos pelas empresas do setor para março, considerando a inflação do país, que atingiu 21% em janeiro.
Os funcionários em greve são da Intercargo, responsável pela transferência de passageiros e bagagens aos aviões, e da estatal Aerolíneas Argentinas, que está sendo alvo de planos de privatização pelo presidente Javier Milei.
Os sindicatos argumentam que há uma defasagem de 70% nos salários devido à escalada dos preços no país e afirmam que estavam próximos de um acordo com as empresas antes da intervenção do ministro da Economia, Luís Andrés “Toto” Caputo.
O Aeroporto Jorge Newbery, conhecido como Aeroparque, em Buenos Aires, foi fechado por questões de segurança, deixando os passageiros na porta, aguardando informações ou tentando reservar hospedagens enquanto aguardam novos voos.
Esta é a segunda paralisação nos terminais argentinos desde que Milei assumiu a presidência, em dezembro. A primeira ocorreu em 24 de janeiro, como parte de uma greve geral que afetou diversos setores do país em protesto contra as políticas liberais do governo.
Fonte: Internacional