A escravidão foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade, marcada por opressão, perda de humanidade e condições desumanas de trabalho. E, mesmo após 135 anos de sua abolição no Brasil, ainda é possível ver resquícios da época aqui e em diversas partes do mundo.
Diante disso, em 20 de novembro, “Dia da Consciência Negra”, ações sociais e produções televisivas destacam a importância da cultura afro-brasileira e promovem reflexões sobre as injustiças cometidas na época. Afinal, conhecer o passado é uma das formas mais efetivas de aprender.
Tendo isso em mente, selecionamos 5 filmes que falam sobre a luta contra o racismo para você refletir sobre o assunto. Confira!
1. Filhos de Ninguém (2018)
Dirigida por Adewale Akinnuoye-Agbaje, a trama narra a história de Enitan (Damson Idris), um jovem nigeriano que, quando criança, foi mandado por seus pais para o outro lado do mundo para ser
educado por uma família de ingleses brancos.
Durante a jornada, ele tenta se adaptar ao novo ciclo social, mas não obtém muito sucesso. Desesperado, entra em uma jornada de ódio contra si, que o leva a se envolver com uma gangue de skinheads racistas. Então, ele passa a machucar até mesmo os seus semelhantes.
Onde assistir: Prime Video, YouTube e Google Play Filmes e TV.
2. Luta por Justiça (2019)
Baseado em uma história real, o filme segue a jornada de Bryan Stevenson (Michael B. Jordan), um advogado de defesa de direitos civis , enquanto ele trabalha para defender Walter McMillian (Jamie Foxx), um homem negro condenado injustamente à pena de morte por um crime que não cometeu. Na narrativa, são abordados temas sobre injustiça racial, sistema judicial e a luta pela igualdade perante a lei nos Estados Unidos, permitindo que o público reflita sobre as falhas do sistema judicial.
Onde assistir: HBO Max, Prime Video, YouTube e Google Play Filmes e TV.
3. Medida Provisória (2020)
Dirigido por Lázaro Ramos e com nomes como Taís Araújo, Adriana Esteves e o britânico Alfred Enoch no elenco, o filme leva o espectador a refletir sobre o racismo na sociedade. Na narrativa, o governo brasileiro, na tentativa de reparar o passado escravocrata, decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a voltarem para a África em busca de suas origens.
A medida afeta a vida de personagens como o casal Capitú (Taís Araújo) e Antonio (Alfred Enoch), bem como a de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora no mesmo apartamento. Em meio ao caos, os personagens promovem debates sobre questões sociais e raciais, além de compartilharem seus desejos para mudar o destino do país.
Onde assistir: Globoplay, YouTube, Google Play e Apple TV.
4. Identidade (2021)
Baseada no livro de mesmo nome da escritora Larsen, a obra narra a história de duas amigas negras. Começa por Clare (Ruth Negga), uma elegante e ambiciosa mulher negra de pele clara que, durante a década de 1920, decide viver se passando por branca e se casando com um homem branco, rico e preconceituoso. Por outro lado, existe a narrativa de Irene (Tessa Thompson), sua colega da época de escola de pele igualmente clara, que vive em uma comunidade afro-americana e é casada com um médico negro.
As protagonistas são surpreendidas quando o destino decide uni-las novamente, mas, na fase adulta, elas vivenciam as inseguranças uma da outra e as consequências de suas escolhas. Apesar disso, o inesperado reencontro pode reviver a amizade e, até mesmo, um possível romance devido à admiração mútua. Assim, as abordagens oferecem ao público uma análise sobre o conceito de colorismo e a desigualdade racial.
Onde assistir: Netflix.
5. Till: A Busca por Justiça (2022)
Dirigida e roteirizada por Chinonye Chukwu, a produção é uma biografia cinematográfica de Emmett Till (Jalyn Hall) e a luta judicial de sua mãe, Mamie Till (Danielle Deadwyler). Em 1955, o garoto viajou de Chicago para o Mississippi para visitar os seus primos. Antes de sair, sua mãe o alertou para ter cuidado, pois no local ele seria tratado diferente por ser negro. No estado do sul, o jovem e seus parentes decidem parar em uma loja de conveniência, mas, no local, o destino do menino é duramente dilacerado.
Após Carolyn Bryant (Haley Bennett), mulher branca, frentista e dona da loja, alegar que o menino assobiou para ela e, mais tarde, afirmar outros fatos impossíveis de serem contestados judicialmente, o menino é sequestrado, torturado e morto por dois homens brancos, que jogam o seu corpo fora para encobrir o crime.
Posteriormente, em Chicago, a mãe do menino recebe o corpo e mostra o seu estado para todo mundo, como forma de lutar por justiça. Na época, a repercussão sobre o caso nos Estados Unidos foi enorme e contribuiu para o crescimento do movimento pelos direitos civis.
Onde assistir: Prime Video, YouTube e Google Play Filmes e TV.
Fonte: Mulher