A fisioterapia pélvica é um tema que levanta muitas dúvidas, especialmente sobre sua aplicação, para quem serve e quando pode ser iniciada. A fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica, Marisa Marin, esclarece os principais mitos e verdades sobre o tema. Confira!
1. O pilates e yoga tratam a incontinência urinária (IU)?
Mito! O pilates e o yoga tem outros objetivos, mas não possuem recursos direcionados para o tratamento de IU.
Porém, pacientes podem relatar que trataram a IU no pilates e no yoga, mas isso se dá por consequência do fortalecimento de outras musculaturas associadas à região do assoalho pélvico, como músculos do glúteo, interno de coxa, abdômen e a conscientização do assoalho pélvico.
2. A Fisioterapia pélvica contribui para o bom funcionamento do sistema reprodutor, parte urinária e fecal?
Verdade! A fisioterapia pélvica trata da região da pelve, como o próprio nome diz e tem o foco no assoalho pélvico (parte urinária, canal vaginal e parte fecal). tratando de queixas como escapes de urina, infecções de urina de repetição, cólicas menstruais, dores na relação sexual, preparo para o parto normal, dificuldade para evacuar, constipação, hemorroida, entre outras queixas.
3. Os exercícios de fortalecimento dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP) dificultam o parto normal?
Mito! Já se sabe inclusive que o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) protegem o canal vaginal de lacerações (canal vaginal quando “rasga” durante o parto).
4. A mulher pode sentir a vagina mais apertada pós parto e com isso sentir dor na relação sexual?
Verdade! Já visualizei essa queixa tanto no pós parto via vaginal, quanto no pós parto cesárea.
Pode acontecer, mas os exercícios e a massagem perineal podem ajudar. É preciso verificar em uma avaliação com a fisioterapia pélvica para que isso não chegue a se tornar complicações maiores, como um vaginismo, por exemplo.
5. Fisioterapia Pélvica é só para quem quer parto normal?
Mito! A fisioterapia pélvica tem um cuidado com o assoalho pélvico, que engloba a parte urinária, fecal e sexual. Entende-se que o processo de gestação já pode causar diversas alterações e disfunções nessa região, independente da via de parto. Mulheres podem apresentar escapes de urina, hemorroida, constipação, dor na evacuação, dor na relação sexual, entre outras queixas, em qualquer momento da vida, e a fisioterapia pélvica será indicada para tratar esses casos.
6. A mulher pode sentir a vagina mais larga após o parto?
Verdade! Mas existem exercícios na fisioterapia pélvica e recursos com aparelhos que ajudam a fortalecer essa musculatura.
7. Incontinência urinária é coisa de mulher?
Mito! Homens também podem apresentar incontinência urinária, porém, é mais comum em mulheres.
8. O acompanhamento só deve ser iniciado após a mulher engravidar?
Mito! Você pode procurar fisioterapia pélvica em qualquer momento da vida.
Ela te auxiliará sobre queixas urinárias, sexual e fecal, como: escapes de urina, infecção de repetição, dores pélvicas, dor na relação sexual, baixa libido, constipação, dor na evacuação, hemorroida, entre outras queixas relacionadas ao assoalho pélvico.
9. Toda mulher que tem parto normal vai sentir a vagina mais larga?
Mito! A resposta da musculatura do canal vaginal após o parto vai depender de diversos fatores, tem mulheres que se sentem mais largas, outras mais apertadas, outras não sentem nenhuma diferença.
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Fonte: Mulher