Senador Otto Alencar fala em possível fusão entre PSD e PSDB

Política

Parlamentar destaca avanço nas negociações e reforça objetivo de fortalecer o centro político, sem alterar identidades partidárias

Foto: Arquivo/Senado

Em declarações à imprensa nesta quarta-feira (28), o senador Otto Alencar (PSD-BA) abordou os rumores sobre a fusão entre o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), confirmando que as tratativas estão “avançadas”, mas ressaltando que a sigla e o número dos partidos devem ser mantidos caso a união se concretize.

Sigla é o número permanecem. Não se trata de criar uma nova legenda, mas de unir forças sob a mesma identidade já consolidada“, afirmou Alencar, destacando que a proposta em discussão preservaria a estrutura atual das agremiações, sujeita à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O parlamentar, que integra a executiva nacional do PSD, enfatizou que o objetivo central é fortalecer o campo político de centro, ampliando a capacidade de articulação em um cenário marcado pela polarização.

Segundo Alencar, as negociações priorizam o alinhamento programático e ideológico, e não interesses eleitoreiros imediatos. “Não é uma operação para 2024 ou 2026, mas um projeto de futuro. Queremos ser uma alternativa de governo, não apenas de oposição“, declarou. Ele também esclareceu que as atuais lideranças partidárias permanecerão até a realização de convenções, quando eventuais mudanças seriam debatidas.

A possível fusão, que vem sendo discutida há meses, ganhou força após a aproximação de figuras como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (PSD), e o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Leite (PSDB). Analistas veem a união como uma estratégia para revitalizar as duas legendas, que enfrentam desafios de representatividade após sucessivas perdas eleitorais.

Embora otimista, Alencar ponderou que o processo depende de consensos internos. “Não há pressa. Estamos construindo bases sólidas para que essa união seja duradoura“, afirmou, sem citar prazos. O TSE, por sua vez, exigirá que a fusão cumpra requisitos legais, como a aprovação pela maioria dos filiados em convenções.

Se concretizado, o movimento poderá redefinir o equilíbrio de forças no Congresso, agregando bancadas e recursos financeiros. Para Alencar, a união é “um passo essencial para resgatar o papel do centro na democracia brasileira, combatendo extremismos e priorizando o diálogo“.

A expectativa é que os presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do PSDB, Marconi Perillo, formalizem uma comissão técnica nas próximas semanas para detalhar os termos da fusão. Enquanto isso, a base de ambos os partidos aguarda ansiosa por definições que podem alterar os rumos da política nacional.

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