A maioria das pessoas já ouviu falar da Amazônia, mas poucos têm uma ideia clara do que ela é ou de quantas pessoas vivem nela
A Amazônia é uma vasta área de floresta terrestre que se estende ao longo da margem sul do rio Amazonas e seus afluentes.
Inclui a porção do Brasil, partes da Bolívia, leste do Peru, a maior parte do sudoeste da Colômbia e uma pequena parte do sul do Equador. Uma área tão vasta contém uma abundância de flora e fauna.
No entanto, o rápido esgotamento de seus recursos e o aumento da população ameaçam o futuro deste paraíso natural.
Por milhares de anos, as culturas nativas viveram na Amazônia sem prejudicá-la. Eles mantiveram seu equilíbrio, colhendo seus recursos adequadamente e preservando seu ambiente natural. Infelizmente, as recentes mudanças na cultura global – particularmente a globalização consumista – fizeram com que muitas pessoas desconsiderassem o valor cultural e ambiental da Amazônia.
Esta área agora abriga muitas espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção. Muitas áreas são cobertas por florestas densas que abrigam muitas espécies animais e ecossistemas vitais.
Como os humanos continuam a esgotar os recursos naturais de seus respectivos ecossistemas, eles estão estendendo esses recursos além do que deveriam alcançar. A taxa de crescimento populacional na Amazônia é 2 a 3 vezes maior que a taxa média mundial. Esta rápida taxa de crescimento causou inúmeros problemas para esta região outrora intocada.
Em primeiro lugar, essa taxa de crescimento causa muitos danos aos ambientes naturais; em segundo lugar, cria mais espaço para os humanos viverem e alterar o ambiente ao seu gosto; e terceiro, aumenta a distância entre fornecedores e consumidores de recursos naturais, fazendo com que os preços aumentem devido ao aumento da distância e à diminuição da oferta.
Em última análise, essas taxas de crescimento desordenado rápido causaram grandes problemas tanto para a vida humana quanto para o ambiente natural no qual floresceram por milênios.
Diferentes líderes mundiais expressaram preocupação sobre a melhor forma de lidar com essa população crescente na Amazônia.
Em recente visita aos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio lula da Silva defendeu a importância do bioma para o Brasil e o mundo e convocou as nações mais desenvolvidas a se unirem num esforço financeiro para preservar este ecossistema, olhando especialmente para os povos originários, sem preterir os mais de 33 milhões de brasileiros de diversas origens que moram nos centros urbanos e áreas rurais da região.
Alguns acreditam que os governos deveriam permitir o desenvolvimento econômico em áreas rurais onde o desenvolvimento não causa impacto direto no meio ambiente. Outros acreditam que os governos devem controlar o desenvolvimento nas áreas rurais para proteger as culturas indígenas que ainda praticam métodos agrícolas de corte e queima.
Além disso, alguns acreditam que os governos devem desencorajar a imigração para áreas já populosas, ao mesmo tempo em que incentivam os agricultores a produzir mais perto dos centros urbanos para reduzir os custos de transporte.
Basicamente, nenhuma solução única se adapta bem a todas as situações – o que ressalta o quanto é importante que cada pessoa tome consciência e uma iniciativa para preservar o patrimônio natural do mundo.
Nunca houve um momento mais urgente ou importante para a humanidade preservar os hotspots de biodiversidade ameaçados do nosso planeta, como a bacia amazônica. A destruição desses ecossistemas perturba tanto a vida humana quanto inúmeras espécies animais.
Precisamos mudar nossa cultura para que valorizemos nosso patrimônio natural tanto quanto valorizamos o humano – ou perderemos ambos sem nunca perceber quanto dano causamos a eles ao longo do tempo. A Amazônia é muito mais que uma floresta.
Por José Américo Moreira da Silva –
Publicado originalmente no www.epope.com.br
Foto: epope.com.br
Jornalista