O Governo de São Paulo recebeu na quinta-feira (16) um alerta sobre as tempestades que chegaram no litoral norte do estado entre sábado (18) e domingo (19). A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento e Integração Regional , Waldez Góes (União Brasil).
“Nesse caso específico, todos nós fomos alertados”, explicou em entrevista para a GloboNews nesta terça (21). Ele também contou que marcou uma reunião com a Defesa Civil após o monitoramento do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres) e do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
“Então, com o monitoramento do litoral norte indicando essa possibilidade de chuvas muito fortes, na 5ª feira [16.fev], a Defesa Civil Nacional se reuniu com Defesa Civil Estadual de São Paulo, do Rio e de Minas para fazer alinhamento de alertas, de comunicação”, completou.
Waldez contou que conversou com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os governos municipais e do estado trabalharam para evitar impactos das tragédias.
“O próprio comandante do Corpo de Bombeiros de São Paulo fez muitas incursões em rádios, televisão, WhatsApp, SMS. Mas, a bem da verdade, todos nós sempre achamos que não vai ser um problema do tamanho que vai ser anunciado, se acontecer, não vai ser com a gente […] A gente torcendo para que não se confirme as possibilidades do desastre. O que ocorreu? Aconteceu o desastre”, pontuou.
Ministro critica Bolsonaro
Ele também criticou o ex-presidente Bolsonaro por ter destinado uma quantia muito pequena para o combate de tragédias em 2023. Segundo ele, a gestão passada deixou só R$ 25 mil para atender desastres, como as tempestades que afetaram o litoral norte de São Paulo.
“Não temos problemas de recursos orçamentários e nem financeiros. Para dar resposta a desastres, a previsão era de só R$ 25 mil, que estavam no orçamento de 2023. No entanto, a medida provisória corrigiu isso e temos recursos suficientes para o apoio”, declarou o ministro do governo Lula em entrevista para o Portal UOL.
Waldez Góes explicou que a PEC da Transição, muito criticada pela imprensa e setores do mercado financeiro, foi fundamental para que a Defesa Civil tivesse recursos para ajudar as cidades com problemas desastres naturais. Ele ainda relatou que há um plano para evitar novas catástrofes em locais de risco.
“Temos o levantamento de 14 mil pontos no Brasil com risco muito alto de deslizamento. Aproximadamente 4 milhões de pessoas vivem nessas regiões já mapeadas pelo governo. É fundamental haver continuidade em programas habitacionais de demanda dirigida. É uma alternativa que precisa ser constante”, comentou.
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Fonte: IG Política