Marielle: PF abre inquérito para auxiliar nas investigações do caso

Geral

Vereadora do PSOL foi executada em março de 2018, no Rio de Janeiro
Bernardo Guerreiro

Vereadora do PSOL foi executada em março de 2018, no Rio de Janeiro

A Polícia Federal abriu um inquérito para auxiliar na investigação do caso Marielle Franco e Anderson Gomes , que, até o momento, era conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e não tinha colaboração da esfera federal. 

A vereadora carioca e seu motorista foram assassinados a tiros em março de 2018 e, no próximo mês, o caso completa cinco anos sem solução .

No despacho, a PF informou que vai “apurar todas as circunstâncias que envolveram a prática do crime” previamente identificado, além de outros que “porventura forem constatados no curso da investigação”.

Nesta quarta-feira (22), pelas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o inquérito amplia a colaboração federal com as apurações sobre a organização criminosa envolvida nas mortes.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de MARIELLE e ANDERSON , determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu o ministro.

Desde o dia de sua posse como ministro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dino reforçou que era “questão de honra” desvendar o crime .

“Eu digo à ministra Anielle [irmã da vereadora assassinada] e à sua mãe que vou empreender todos os esforços cabíveis. E a Polícia Federal assim atuará para que esse crime seja desvendado: quem matou Marielle e quem mandou matar Marielle”, disse ele na ocasião.

A investigação, até este ponto, é conduzida pela Polícia Civil . Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de federalização da investigação, que tentava passar o caso para a PF. O caso, então, ficou com a apuração no âmbito estadual.

A abertura do inquérito pela PF, no entanto, não significa a federalização do caso.

Até o momento, duas pessoas foram presas pelo envolvimento no crime: o  PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz . Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como os responsáveis pelos assassinatos e vão a júri popular — que ainda não teve data marcada.

A polícia ainda vai entender o que motivou o crime , localizar a arma utilizada e identificar os mandantes.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

Fonte: IG Nacional

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *