O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida , afirmou nesta segunda-feira (27), durante discurso na 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas ( ONU ) , que o governo brasileiro lutará para que o assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco , “não fique impune”.
“Lutaremos para que o brutal assassinato de uma promissora política brasileira, mulher negra e corajosa defensora dos direitos humanos, Marielle Franco, não fique impune e grave, na memória e no espírito da nossa sociedade, a dignidade da luta por justiça”, disse o ministro no evento aconteceu em Genebra, na Suíça.
Marielle e o motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros em março de 2018, no Rio de Janeiro. Após cinco anos, o crime ainda não tem responsável.
Yanomami
No discuro da ONU, Almeida também citou a crise vivida pelos povos Yanomami e disse que irá “restaurar” a dignidade dos indígenas no Brasil.
“E aqui preciso mencionar de forma particular a crise nos territórios indígenas Yanomamis. Não temos medido esforços para restaurar a dignidade dessas populações e garantir-lhes o efetivo domínio sobre suas terras”, ressaltou o ministro.
Crise humanitária
O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitária e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados desnutrição grave e malária nas últimas semanas.
A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal.
Um levantamento da Hutukara Associação Yanomami aponta que o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares da Terra Indígena Yanomami. O estudo também estima que, com a atividade irregular, 20 mil garimpeiros estejam no local.
A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro, conforme decisão do governo Lula . Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas.
Situação do ministério
Silvio Almeida mencionou ainda, sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania em níveis de “desmonte”.
“No Brasil, sob a liderança do presidente Lula, estamos empenhados em fazer a nossa parte, reconstruindo os laços sociais entre os brasileiros e traçando uma política de direitos humanos com ampla participação popular. As dificuldades são muitas. O que encontramos foi um quadro escandaloso de desmonte, negligência e crueldade”, afirmou o ministro
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Fonte: IG Política