Aliado de Bolsonaro diz que história de joias ilegais é ‘fantasiosa’

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Fabio Wajngarten
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Fabio Wajngarten

Após o ministro Flávio Dino apontar que a Polícia Federal vai investigar a tentativa do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro trazer ao Brasil, de forma irregular, joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões , o ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do governo anterior, Fabio Wajngarten, tentou negar o ocorrido.

Por meio do seu Twitter, ele chamou a publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” de “narrativa fantasiosa de milhões”. Wajngarten também publicou foto de ofício de Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, no qual ele diz que os presentes recebidos na Arábia Saudita deveriam ser encaminhados ao acervo presidencial, e não retidos pela Receita Federal. 

Ainda na tentativa de defender o governo anterior, Wajngarten mostrou a cópia de mensagem enviada à Arábia Saudita em que o Brasil agradece pelo presente e comunica que as peças seriam incorporadas à coleção oficial do Brasil.

Entenda o caso

Segundo uma reportagem de “O Estado de S. Paulo”, as joias em questão eram presentes do governo da Arábia Saudita para Michelle, que visitou o país árabe em outubro de 2021, acompanhando a comitiva presidencial. Entre elas, estão um anel, colar, relógio e brincos de diamantes.

Entretanto, ao chegar ao país, as peças foram aprendidas no alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia. Ele ainda tentou usar o cargo para liberar os diamantes, entretanto, não conseguiu reavê-los, já que no Brasil a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado.

Diante do fato, o governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores. O então presidente chegou a enviar ofício à Receita Federal, solicitando que as joias fossem destinadas à Presidência da República.

Na última tentativa, três dias antes de deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar até Guarulhos. Ele teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

Ironia

Em meio a revelação, Michelle Bolsonaro tentou ironizou o caso por meio de suas redes sociais.

“Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória”, escreveu.

O caso será entregue à Polícia Federal na segunda-feira, dia 6 de março.

Fonte: IG Nacional

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