O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quarta-feira (8) que o governo aproveite a “lua de mel” do primeiro ano para votar a reforma tributária . Em entrevista ao programa Conversa com Bial, Alckmin pregou que deve haver esforço para votar o texto em primeiro turno ainda neste semestre.
O ministro de Indústria e Comércio também acredita que a oposição irá ajudar a votar a matéria, assim como os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
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“A oposição, que poderia dificultar, é mais liberal, vai ajudar. Não tem razão para não ajudar, em tese. Os presidentes da Câmara e do Senado (Arthur Lira e Rodrigo Pacheco) declararam que vão se empenhar. Agora, não pode perder o primeiro ano. Se possível, no primeiro semestre, já tem que votar no primeiro turno. É a lua de mel, não pode perder essa força do voto”, disse Alckmin.
Alckmin lembrou que o governo deve investir nas propostas já existentes, a PEC 45 e a PEC 110, e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está liderando o tema “empenhado”.
“Estou confiante de que a reforma tributária vai andar. Acho que é uma oportunidade de o mundo político mostrar capacidade de diálogo e mostrar resultado. Esta é uma reforma que faz o PIB (Produto Interno Bruto) crescer. Pode crescer 10% em 15 anos. Traz eficiência econômica e está madura”, afirmou o vice-presidente.
Alckmin também defendeu a retomada dos impostos federais sobre os combustíveis . Segundo ele, houve “responsabilidade fiscal” ao não prorrogar a “canetada” do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não posso, neste momento, abrir mão de R$ 28 bilhões de arrecadação”, declarou o vice.
Ele também defendeu uma mudança na política de dividendos da Petrobras, que distribuiu US$ 21,7 bilhões aos acionistas no ano passado. Para Alckmin, a empresa deve investir mais, ao invés de “distribuir o máximo que puder”.
Fonte: IG ECONOMIA