Dermomake existe? Entenda polêmica com base de Virginia

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Novo lançamento da influenciadora foi altamente criticado nas redes
Divulgação

Novo lançamento da influenciadora foi altamente criticado nas redes


Nos últimos dias, as redes sociais se agitaram com o anúncio da nova base da WePink, marca da influenciadora digital Virginia Fonseca. Com uma proposta soft matte de alta fixação, o produto causou polêmica nas redes por conta do valor, oferecido na loja digital da marca por R$ 199,90.

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Além do alto custo do produto em comparação a outras bases nacionais com a mesma premissa, a marca chamou atenção pelos termos utilizados em sua divulgação. “Nossa base não é só make, é dermomake […] nossa base cuida da pele, esse é o diferencial”, afirmou Virginia em seu perfil no Instagram.

Os ativos utilizados do produto são vitamina E, ácido hialurônico, niacinamida e esqualano vegetal. O site oficial da marca afirma que eles auxiliam na ação calmante, na barreira antipoluição, no controle da oleosidade, no combate ao envelhecimento precoce e nas linhas de expressão. 

O termo ‘dermomake’ causou polêmica nas redes – a marca chegou a alegar que o produto “auxilia nos cuidados de skincare” e que ele iria “proteger e revigorar a pele.”

Segundo especialistas da área consultados pela reportagem, a classificação ‘dermomake’ não existe de forma oficial. Em entrevista ao iG Delas, o farmacêutico e criador de conteúdo Ibrain Júnior aponta que o termo é utilizado como marketing para produtos que prometem, por meio de ativos, cuidarem da pele ao mesmo tempo que cumprem a função de maquiar. 

“Oficialmente o que é reconhecido pela Anvisa é o termo cosmético e o termo medicamento. A palavra dermomake é mais uma das estratégias do mercado para agregar valor ao produto”, explica Ibrain.

Anvisa

Base da WePink é caracterizada como Grau I, nível que não exige testes científicos de comprovação de funcionalidade de ativos
Agência Brasil

Base da WePink é caracterizada como Grau I, nível que não exige testes científicos de comprovação de funcionalidade de ativos

Para avaliar e liberar a venda de qualquer produto cosmético, a Anvisa as divide entre 2 graus. O Grau I inclui produtos como sabonetes, shampoos, cremes hidratantes, perfumes e maquiagens em geral. Esses produtos, por terem fórmulas mais simples, são submetidos a uma fiscalização menos rigorosa por parte do órgão.

Já o Grau II é formado por produtos que exigem comprovação de segurança e/ou eficácia para serem comercializados. Entre esses produtos, estão clareadores para a pele, produtos para acne, produtos para rugas e bronzeadores.

Produtos do Grau II são submetidos a uma fiscalização mais rigorosa pela Anvisa, pois podem apresentar riscos à saúde caso sejam mal utilizados ou contenham ingredientes em excesso ou proibidos pela agência.

“Todo esse processo de eficácia é um processo longo que requer muito cuidado. Se um produto afirma no rótulo que tem a eficácia em 15 dias, ele precisa trazer esse resultado, tem que ser comprovado”, detalha o farmacêutico.


Algumas bases nacionais são avaliadas pelo Grau II, classificadas pelo órgão como “base facial com finalidade específica”. É o caso de bases que comprovam a funcionalidade de seus ativos para a pele, como a Base Líquida Protetora Make B, do Boticário, e o Daily Tint Cream Niina Secrets, da Eudora – ambas exigiram testes específicos que testaram a eficácia dos ativos.

Já a Base Líquida Premium lançada pela WePink é considerada de Grau I, portanto, não foram performados testes que comprovem a eficácia dos ativos inseridos no produto. “A base da Virginia está classificada no grau 1 porque é um cosmético básico, é uma base que não precisa de um estudo científico para comprovar a sua eficácia. É um produto simples que não gera risco”, explica a esteticista com MBA em cosmetologia, Flávia Rodrigues.

Em um comunicado à imprensa, a marca reconheceu que o termo ‘dermomake’ não tem valor farmacêutico ou cosmetológico. “Como o termo dermomake não é uma classificação regulatória da ANVISA, e sim um apelo comercial utilizado pelo mercado, o utilizamos na campanha como estratégia comercial da marca. Estratégia essa que já é utilizada em todo o mercado brasileiro para informar quando os produtos contêm na sua formulação ativos utilizados para cuidados da pele, ou seja, que ajudam na parte estética e auxiliam nos cuidados de skincare”, afirmou a empresa.

“Lançamos nossa base WePink com características incríveis, como alta cobertura, matte, com efeito confortável, resistente à água, textura aveludada e com excelente fixação. Além de todos esses benefícios, a formulação das bases contém ativos dermatológicos muito conhecidos por auxiliar a pele de quem os usa, fizemos todos os testes competentes para a classificação da Anvisa.”

Fonte: IG Mulher

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