Existe maneira certa de tirar a chupeta da criança?

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Bia enterra a chupeta para virar um pirulito
Reprodução/Instagram

Bia enterra a chupeta para virar um pirulito

Viralizou na internet um vídeo super fofo da Tata Estaniecki, mulher de Júlio Cocielo, tentando uma técnica diferente com a filha Bia, de 2 anos, para largar a chupeta. No vídeo, ela mostra que enterrando o objeto, nasce um pirulito depois, porém, após essa experiência super fofa, a Bia chorou bastante porque queria chupeta e a Tata resistiu em não entregar.

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Telma Abrahão, especialista em Neurociências Comportamental Infantil, explica que tirar a chupeta é sempre um momento desafiador para os pais, porque eles ficam com medo de traumatizar a criança e realmente, esse momento pode virar um trauma quando os pais tentam fazer isso a força. A criança nunca vai chegar e falar, “mamãe ou papai, eu não quero mais usar a chupeta”, até porque, aquilo se tornou um objeto que ajuda na auto regulação da criança.

“Alguns ursinhos que são objetos de segurança, ajudam a criança a se acalmar, já que quando ela é pequena, não consegue ser auto regular sozinha, toda criança precisa da ajuda de um adulto para se acalmar. Então, tanto bonecas, ursinho, chupetas e paninhos, são objetos que ajudam a criança a lidar com frustrações, a lidar com a raiva ou também, para acalmar no momento do sono, da fome, aquele cansaço e acaba virando um hábito muito forte e também faz com que a criança sinta segura, na presença desses objetos. Por isso, os pais precisam entender que, para fazer essa transição, a retirada desse objeto de segurança, seja ele qual for, essa criança precisa participar ativamente desse processo”, explica a especialista.


“Se você chega e falar, “me dá a chupeta”, “vou tirar esse ursinho”, “você nunca mais vai usar”, a criança vai chorar muito, vai se sentir desamparada, ela não vai se sentir vista. Então, o que a Tatá fez foi muito incrível, porque é o que todos os pais deveriam de fato investir, tempo para tentar fazer, porque primeiro a criança tomou a decisão, né? Ela foi por um caminho onde a criança olhou e falou. ‘Eu não quero ter os meus dentes tortos mamãe, então eu quero tirar a chupeta’”

Apesar de a criança ser novinha, esse direcionamento dos pais para que ela participe dessa transição e desse momento, faz toda a diferença no processo. A criança sente que tem o poder de decidir, mesmo que ela venha chorar depois, como pode acontecer, é natural, mas quando ela se sente segura, quando ela tem um condicionamento, um direcionamento amoroso por parte do pai e da mãe, ela supera muito mais rápido esse momento e passa a ter uma lembrança lúdica.

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“A Tata e o Cocielo trouxeram todo um simbolismo por trás disso, não foi algo terrível onde a criança vai falar “meu Deus do céu, agora como que eu lido com as minhas emoções sozinha? Além de tudo, tem um pai uma mãe brava correndo atrás de mim”. Por isso, é sempre importante os pais lembrarem de serem como co-reguladores dos seus filhos. A gente vai, co-regular com a criança, para que ela possa se auto-regular”, diz Telma. 

Fonte: IG Mulher

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