Conhecida como “La Señora”, Carmen Mireya Alarcón, de 47 anos, foi presa em abril de 2021. Encontrada em um apartamento em Barcelona, ela disse que não morava na Espanha e que só tinha viajado para “encontrar o marido”. À época, ele havia sido preso no aeroporto da cidade dias antes.
Equatoriana, a mulher é uma das fugitivas mais procuradas dos Estados Unidos e foi acusada de liderar uma organização criminosa internacional que tentou transportar 3,4 mil quilos de cocaína .
Ela, no entanto, ficou surpresa ao descobrir que também havia um mandado de prisão contra ela, já que pensava que as acusações estavam direcionadas apenas ao marido, Pedro Cornelio Pilligua Iduarte. Ambos foram extraditados para os EUA , onde enfrentam um processo legal.
Embora nascida em Manta, no Equador , a detida tinha nacionalidade espanhola, por isso buscou a Espanha como refúgio temporário. Em sua cidade natal, o nome de Carmen estava ligado a uma empresa de “vendas por atacado e varejo” de produtos de pesca. O negócio teria operado por pelo menos dez anos.
Tráfico de drogas
Com suspeitas do que acontecia em alto mar, em agosto de 2017, autoridades norte-americanas abriram uma investigação para encontrar a organização criminosa que tinha sede no México e Equador e que traficava drogas para os Estados Unidos .
Mais tarde, em 2020, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos interceptou ligações do grupo, que usava telefones via satélite para evitar o rastreamento. Em 31 de maio daquele ano, a Guarda Costeira dos EUA interceptou duas embarcações a 500 quilômetros da costa de Guerrero, no México .
Dentro delas, havia cinco pessoas e cerca de 709 quilos de cocaína e alguns cartões laminados que detalham a localização dos pontos onde deveriam parar para reabastecer. Na ocasião, ainda foram encontrados contatos de barcos que os criminosos deveriam ligar caso precisassem de suprimentos — entre eles, estava o número de Carmen.
As autoridades, ao revisarem o histórico das ligações da equatoriana, descobriram que ela havia atuado como “coordenadora de solo” dias antes da prisão.
A mulher cumpria o papel de informar aos capitães de outros navios as coordenadas para que eles encontrassem barcos em meio ao oceano que pudessem abastecê-los com combustível e comida.
Em agosto de 2020, a Guarda Costeira achou outro navio com 2,4 mil quilos de cocaína escondido por uma capa especialmente projetada. Nisso, as autoridades descobriram que os traficantes tinham feito contato com o telefone de Carmen durante a viagem.
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Fonte: Internacional