Polônia defende entrada da Ucrânia na Otan: ‘Segurança do povo’

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Andrzej Duda, presidente da Polônia, durante discurso
Reprodução/Twitter

Andrzej Duda, presidente da Polônia, durante discurso

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, anunciou, nesta quarta-feira (5), que vai defender a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na próxima cúpula da aliança militar em julho. O mandatário recebeu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky , que viajou ao país vizinho para agradecer a um dos mais leais aliados da Ucrânia pelo apoio desde o início da invasão russa ao território.

“Estamos tentando obter para a Ucrânia garantias de segurança adicionais que reforcem seu potencial militar e também o sentimento de segurança do povo ucraniano”, disse o polonês, após encontro com Zelensky. “Acredito firmemente que poderíamos receber essas garantias para a Ucrânia como uma introdução à sua adesão plena à Otan.”

Andrzej Duda ainda afirmou que a Varsóvia apoia “firmemente” a candidatura de Kiev à Otan .

A possível entrada da Ucrânia na aliança militar foi um dos motivos usados pelo presidente Vladimir Putin ao anunciar a invasão ao país, em fevereiro no ano passado . A não adesão ainda é uma das exigências russas, que já disse que essa entrada poderia levar a uma “terceira guerra mundial”.

Zelensky agradeceu à Polônia pelo apoio aos esforços da Ucrânia para ingressar na União Europeia (UE) e na aliança militar.

“Gostaria de dizer aos nossos parceiros, que estão constantemente buscando compromissos em nosso caminho para a Otan, que a Ucrânia será inflexível neste ponto”, afirmou. “Estou grato por a Polônia nos acompanhar neste caminho.”

Finlândia adere à aliança militar

Nessa terça-feira (4), a Finlândia foi aceita formalmente como membro da Otan e o Kremlin prometeu responder à adesão do país à aliança militar, dizendo que a decisão representa um “ataque à segurança” da Rússia.

“É um novo agravamento da situação. A ampliação da Otan é um ataque à nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov. “Isso nos obriga a tomar contra-medidas. Vamos acompanhar cuidadosamente o que está acontecendo na Finlândia, como isso nos ameaça. Com base nisso, medidas serão tomadas. Nosso Exército informará quando chegar a hora.”

Com a adesão do país nórdico, a Otan duplica a extensão das fronteiras que os membros partilham com a Rússia, o que desagrada Moscou. A aliança é considerada pela Rússia uma das principais ameaças à segurança do país.

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Fonte: Internacional

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