O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a criticar o saque-aniversário no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nesta quarta-feira (12). Segundo ele, a modalidade se tornou uma “farra” para o sistema financeiro, que utiliza o fundo como garantia para crédito. O ministro chegou a prometer o fim da modalidade , mas recuou.
“O saque-aniversário criou farra do sistema financeiro com o Fundo de Garantia. Hoje, dos R$ 504 bilhões depositados na conta-corrente dos correntistas, já temos quase R$ 100 bilhões alienados pelos bancos em empréstimo consignado do Fundo de Garantia, a partir do formato do saque-aniversário”, diz.
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Marinho deu a declaração em sessão na Câmara dos Deputados, convocada por sua iniciativa, para apresentar os planos da sua pasta no ano de 2023.
O ministro afirmou que seu foco serão as “urgências dos trabalhadores”, como o combate ao trabalho análogo à escravidão; a regulamentação do serviço de entregadores e motoristas por aplicativo; e o “fortalecimento” de direitos trabalhistas como o FGTS.
Outra promessa garantida pelo ministro foi a de elaborar uma política de valorização permanente do salário mínimo. Atualmente, a negociação está em discussão com as centrais sindicais .
“A constatação no grupo de trabalho, até aqui, é que as políticas do salário mínimo no governo Lula e Dilma tiveram uma eficiência muito grande, impactando na distribuição de renda”, argumenta.
O ministro também criticou o atual patamar dos juros na economia brasileira, hoje com a taxa básica de 13,75% ao ano.
“Os juros estão em um patamar inaceitável. Reduzir juros é a mesma coisa que gerar o aumento de empregos e o crescimento da economia”, disse o ministro, citando que a redução dos juros é uma demanda também do setor empresarial brasileiro.
Fonte: Economia