Empresários brasileiros confiantes no sucesso da viagem de Lula à China

Economia

 “Estamos felizes com a visita de nosso presidente e vemos isso como um bom sinal de que estreitaremos ainda mais os laços que já existem entre nossas nações”, afirmou à Xinhua o presidente da Nortec Química (maior fabricante de matérias-primas farmacêuticas ativas da América Latina), Marcelo Capanema

Foto: Paulo Lopez/Xinhua

Os empresários brasileiros acreditam que a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China servirá para estreitar ainda mais a relação bilateral entre os dois países e dará um impulso ao comércio e à economia brasileira, que ainda se recupera dos impactos causados pela COVID-19.

   “Estamos felizes com a visita de nosso presidente e vemos isso como um bom sinal de que estreitaremos ainda mais os laços que já existem entre nossas nações”, afirmou à Xinhua o presidente da Nortec Química (maior fabricante de matérias-primas farmacêuticas ativas da América Latina), Marcelo Capanema.

   “Em nossos negócios, especificamente, na fabricação de especialidades químicas a matérias farmacêuticas ativas, há um espaço enorme para o crescimento através da cooperação”, acrescentou Capanema, destacando que a China é um mercado fundamental para sua empresa.

   “No início de março, enviamos uma equipe à China pela primeira vez desde as restrições de viagens causadas pela pandemia da COVID-19. Tínhamos o hábito e o prazer de enviar uma equipe à China pelo menos uma vez por ano para manter nossas relações frutíferas e fomentar novos acordos. Consideramos fundamental manter essas visitas, porque nos permitem fazer ‘benchmarking’ com nossos parceiros e criar, em conjunto, novas vias de cooperação”, explicou.

   “No nosso setor, a China é líder global, e, por isso, temos muito a aprender e crescer juntos através de projetos de crescimento mútuo e cooperação. Estou ansioso para visitar novamente a China, em breve, e continuar fazendo esses projetos com nossos parceiros”, concluiu Capanema.

   Quem também está otimista com a visita de Lula à China é o diretor de administração portuária do Porto de Açu, no litoral norte do Rio de Janeiro, Vinicius Patel, que destacou que daquelas instalações saem “parte das exportações de minério e petróleo cru para o mercado asiático, principalmente, para a China”.

   “Nossos executivos estarão acompanhando a equipe presidencial na visita à China para reforçar esses laços de intercâmbio de tecnologia, de produtos e a relação que existe entre os dois países”, disse Patel à Xinhua.

   “Temos na operação de minério cerca de 54 milhões de toneladas exportadas para a China, representando 44% do volume total já exportado”, comentou.

   Patel lembrou que o Porto de Açu tem uma longa história de relacionamento com a China e o mercado de fornecedores chineses. “Desde que começamos a operar, tivemos a participação de alguns operadores chineses aqui e o mercado chinês é muito importante para a economia brasileira”, acrescentou.

   Outro empresário animado com a ida de Lula ao país asiático é Luis Fernandes, dono de várias lojas de comércio eletrônico por todo o Brasil.

   “Esperamos que a visita do presidente Lula à China traga novos acordos bilaterais e amplie ainda mais a relação econômica entre ambos os países. O setor de comércio eletrônico tem crescido substancialmente nos últimos anos, principalmente durante a pandemia e a China é nosso principal fornecedor”, comentou.

   “Apesar da distância entre os dois países, nos últimos meses aumentaram os voos de carga entre ambos, algo que nos permite receber com mais rapidez os produtos solicitados por nossos clientes”, acrescentou.

   Antes da pandemia da COVID-19, o comércio eletrônico representava 6% das vendas do comércio no Brasil, cifra que passou para 11% em 2020 e continua crescendo ano a ano. “Os consumidores brasileiros estão descobrindo um mundo de compras em que não é necessário sair de casa e, a partir do telefone ou computador podem buscar e comprar o que desejam e, além disso, com uma qualidade melhor e um preço muito competitivo”, completou Fernandes.

Segundo números da Administração Geral das Alfândegas da China, o comércio bilateral entre China e Brasil alcançou US$ 171,49 bilhões em 2022, 4,9% a mais do que em 2021.

Fonte: Xinhua

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