Inteligência Artificial Generativa trará novas ocupações profissionais

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Avaliação é de executivos que participaram de painel sobre GenAI no Web Summit Rio

 Foto: Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio via Sportsfile – Flickr

O avanço da Inteligência Artificial Generativa (GenAI) é um movimento inevitável, embora possa ser também um processo humanizado, inclusive com a criação de novas profissões. Essa é a avaliação de Sarah Al-Hussaini, co-fundadora e COO da Ultimate, plataforma de automação de serviços focada nos clientes. Ainda de acordo com a executiva, a GenAI deverá incrementar em 60% as taxas de automação da sua plataforma nos próximos 18 meses. Segundo ela, esse tempo seria suficiente para otimizar a transição da força de trabalho e de atividades repetitivas e transacionais para ocupações mais criativas. 

Sarah Al-Hussaini (Foto: Divulgação)

A especialista foi uma das palestrantes do painel Generative AI: Where to after the hype (GenAI: para onde ir após a onda, em tradução livre), durante o segundo dia do Web Summit Rio.

A visão equilibrada de Sarah é compartilhada por Don Muir, fundador e CEO do Arc, um banco focado em produtos financeiros personalizados para empresas de software, que também participou do debate. Muir, cuja empresa está baseada nos Estados Unidos, acrescenta que há um crescimento de profissões ligadas à AI, de forma geral, principalmente em regiões de alta tecnologia, como a Baía de São Francisco, na Califórnia. 

Don Muir (Foto: Divulgação)

Inteligência Artificial Generativa permite mais tempo para a criatividade

Esses novos profissionais têm usado os recursos de AI para criar soluções que atendem demandas de áreas diretamente relacionadas com os clientes finais, inclusive nos segmentos de vendas e de marketing. São ferramentas que permitem automatizar a interface com os usuários, incluindo a geração de e-mails mais efetivos e melhor escritos, dentre outros recursos.

A solução também inclui a automação da codificação de softwares, em processos mais rápidos, imprimindo qualidade ao trabalho dos novos profissionais. É a GenAI funcionando como um co-piloto dos profissionais, que ganham tempo para investir em atividades mais criativas, na avaliação de Muir. 

Sarah também acredita na GenAI para gerar conteúdo e respostas automáticas no atendimento de clientes em áreas de serviços que envolvem muitas transações e relacionamento. Com esse movimento, a executiva também aposta na criação de novos postos de trabalho, que vão exigir habilidades diferentes, mas, ao mesmo tempo, lembra que é necessário investir no treinamento dos profissionais. Ela ainda vê as plataformas de AI como direcionadoras de eficiência e de melhor tomada de decisões, uma opinião compartilhada por Daniel Knopfholz, Diretor de Tecnologia do Grupo Boticário.

Daniel Knopfholz (Foto: Divulgação)

Também palestrante do mesmo painel, o executivo foi provocado pelo editor do UOL, Helton Gomes,  mediador da discussão, a respeito dos desafios da companhia brasileira, que hoje congrega cerca de dez marcas e aproximadamente 4 mil produtos diferentes na área de cosmética. Com cerca de 2 mil profissionais ligados à tecnologia da informação – de desenvolvedores a cientista de dados –, o Grupo Boticário tem investido em transformação digital e a GenAI está em seu radar. 

“É uma tecnologia que já existe e que provoca muita evolução, com aceleração de busca de dados e geração de informação. Um caminho positivo e sem volta”, explica. Por outro lado, o executivo argumenta que a discussão sobre a adoção de novas tecnologias deve ser responsável. 

Ele lembra que o Grupo vê suas lojas físicas como uma espécie de templo, onde o atendimento personalizado valoriza as experiências sensoriais que os seus clientes procuram. A escolha dos produtos, no entanto, pode ser otimizada por meio de canais digitais, que facilitam a indicação do item mais adequado, proporcionando uma espécie de filtro, que mantém a experiência gratificante de compra. Os recursos digitais permitem, segundo ele, o investimento de tempo em informações sobre como usar melhor os produtos. 

“Não é uma substituição, mas, sim, uma forma de reorganizar um processo mais rico, que é o contato humano”, finaliza.

Com informações da Embratel

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