Haddad confirma que governo também vai baratear caminhões e ônibus

Economia
Fernando Haddad discurso no evento da Fiesp
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Fernando Haddad discurso no evento da Fiesp

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta segunda-feira (5) que o governo vai estender a Medida Provisória que visa baratear os carros populares para transporte coletivo (ônibus) e de carga (caminhões).

Segundo ele, o programa foi “repaginado” e agora será “mais voltado” para caminhões e ônibus, “mas o carro também está contemplado”.

A ideia é antecipar a reoneração do diesel, que estava prevista para janeiro de 2024, e, assim, conseguir elevar a arrecadação para custear o programa.

A antecipação da reoneração do diesel deve gerar R$ 3 bilhões em arrecadação, o dobro do necessário para custear a queda do preço dos carros populares. Haddad já estimou que a medida vai custar cerca de R$ 1,5 bilhão – o R$ 1,5 bilhão restante vai ser usado para reduzir o déficit público ainda em 2023.

O governo anunciou que promoverá redução de impostos federais, como IPI e PIS/Cofins, o que fará com que o preço final dos carros populares caia entre 1,5% e 10,94%. Apenas carros que custam menos de R$ 120 mil terão os impostos reduzidos.

A alíquota de redução vai variar dentro desta faixa e acordo com três fatores:

  • O aspecto social, promovendo acessibilidade à compra de veículos. Isso significa que quanto mais barato for um carro, maior será o desconto de impostos;
  • A eficiência energética, premiando com redução de impostos as fabricantes que poluem menos;
  • Densidade industrial, favorecendo com redução de impostos as montadoras que realizam mais etapas da produção de carros no Brasil.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante apresentação. Foto: Reprodução/Diogo Zacarias - 30/03/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião. Foto: Reprodução/Diogo Zacarias - 07/03/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 04/04/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante apresentação. Foto: Oédson Alves/Agência Brasil - 05/04/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 04/04/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falando com a imprensa. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 03/04/2023

Apesar da medida ter sido anunciada com foco no público que pode vir a comprar os carros, sobretudo a classe média, a ala econômica do governo tem tratado o tema muito mais sob o aspecto da indústria.

Haddad já havia falado que a medida seria curta justamente para lidar apenas com o momento de crise em que se encontra a indústria automobilística.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira Lima, disse que o objetivo é segurar empregos.

“Se um setor como esse colapsa, temos um efeito social muito grande, que é o desemprego”, disse Uallace. “Estamos preocupados com os efeitos na cadeia produtiva, para frente e para trás, que o setor pode enfrentar, gerando mais desemprego. Essa é a nossa principal preocupação. Faz sentido proteger o emprego e a renda de um efeito em cadeia num setor que representa cerca de 20% da indústria”, completou.

Fonte: Economia

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