PIB: BC eleva expectativa de 1,2% para 2% em 2023

Economia

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, discursando
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil – 05/04/2023

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, discursando

O Banco Central revisou nesta quinta-feira (29) a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% para 2% em 2023. A estimativa foi divulgada no Relatório de Inflação, publicado nesta manhã.

“A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 1,2%, no Relatório de Inflação anterior, para 2,0% neste Relatório, em razão da surpresa positiva no primeiro trimestre”, diz o BC.

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No primeiro trimestre, a atividade econômica surpreendeu as expectativas e avançou 1,9%, puxado, principalmente, pelo bom desempenho do agronegócio.

Mesmo com a alta projetada pelo BC para o ano, 2023 deve significar desaceleração, se comparado ao ano passado em que a economia saltou 2,9%.

A revisão de PIB de 2023 para 2% segue abaixo da projeção do mercado financeiro, que está apostando em alta de 2,18%, conforme o último boletim Focus, que reúne análise de aproximadamente 160 instituições.

Inflação

As expectativas de inflação, projetadas pelo mercado nos anos de 2023 e 2024, estão em 5,1% e 4,0%, respectivamente. O BC, para este ano, projeta uma inflação de 5,0%.

O BC classificou como “surpresa” a queda do IPCA nos últimos meses.

“O comportamento benigno recente nos preços atacados, tanto na parte de alimentos quanto na parte de industriais, sugere continuidade do movimento de arrefecimento da inflação nos próximos meses, considerando as variações na margem”, diz trecho do documento.

Esse cenário pode apontar uma redução da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para agosto.

O BC projeta que a inflação deve voltar a subir no segundo semestre. Segundo a instituição, a redução observada nos primeiros meses do ano foi artificial e provocada pela redução de curto prazo de tributos sobre o preço de combustíveis.


Fonte: Economia

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