Em entrevista recente, a apresentadora do ‘Hoje em Dia’, Ticiane Pinheiro, revelou que sua filha mais velha, Rafaella Justus, começou a receber vídeos inadequados em uma rede social.
A menina de 13 anos estava sendo impactada por conteúdos negativos, segundo a apresentadora do Hoje em Dia, da Record TV. Em entrevista à revista Quem, a sexta-feira (14), Ticiane deixou um alerta para os pais. “Comecei a ver conteúdos que eu não gostava e que não estavam nem agradando a ela. Fico muito ligada nessas coisas. Apareciam pessoas que ela não seguia ensinando algumas coisas que não gostava. Eram os conteúdos tipo assim, ensinando como a pessoa se suicidar”, destacou.
Segundo Gabriela Luxo, psicóloga, psicopedagoga, mestre e doutora em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Pós-graduada em Psicologia Positiva pela PUC, é importante frisarmos a necessidade da supervisão e não do controle.
“Quando controlamos os filhos e queremos saber tudo da vida deles, mexendo nas mochilas, acessando as redes sociais sem permissão destes, isso se torna uma invasão de privacidade e seja ele criança ou adolescente vai perdendo a confiança nos pais. O ideal é fazermos uma supervisão, ou seja, sentar para conversar, mostrar quais são os perigos, por exemplo, sites ou conteúdos impróprios para a idade e colocar regras e limites em conjunto”, explica.
Para Gabriela, é importante que os pais ao terem esse diálogo obviamente já tenham previamente pensado quais as regras e limites apresentando isso ao filho de uma forma gentil e firme para que não fique somente nas mãos daquele jovem a decisão.
“Isso vale também para outros materiais, como filmes, séries, pois os jovens têm o costume de não seguirem a idade indicativa da obra e os pais acabam não supervisionando isso também, então é importante a presença no dia a dia destes filhos para ter essa supervisão de forma positiva. É importante sempre o diálogo, pois muitos pais acreditam que precisam ser taxativos, sem muitas delongas, no entanto ser gentil e firme é uma forma de impor limites mas sem ser agressivo. É fundamental o tom de voz e a aproximação destes pais com os filhos, por isso a parceria, o estar próximo, conversar, querer escutar o filho é importante: muitas vezes os pais só querem falar mas não escutam o que as crianças têm a dizer”, recomenda a psicóloga.
Conversar e instruir os filhos inclusive sobre assuntos sexuais, abusos, problemas da internet, é fundamental. “É importante ensinarem dentro de casa para não aprenderem na rua. Uma outra ideia é sentar para assistir junto, ou seja, participar do mundo do jovem, seja uma série, filme, vídeo nas redes sociais sem criticar é bem interessante, vivenciar o que o filho faz para ter uma conversa mais profunda, conhecer melhor as necessidades, e combinar então as regras de uso, os limites de redes sociais, ou até mesmo colocar aplicativos que tenham algum limite. Deve-se também ser ressaltado que esses combinados servem como um ato de cuidado, de amor, carinho e proteção enquanto forem menores de idade”, conclui a profissional.
Fonte: Mulher