Durante sua participação no episódio desta semana do MasterChef, o chef de cozinha Alex Atala gerou polêmica na web. Alex elogiou os chefs do programa, mas na hora de falar sobre Helena Rizzo, ele focou na beleza da cozinheira, o que foi entendido como uma atitude machista pelos telespectadores. Helena fez um texto após a situação falando sobre as dificuldades que enfrentou na carreira. Alex fez uma retratação sobre a situação em seu perfil no Instagram.
Muitos internautas não viram machismo no elogio. “Eu assisti o episódio e não vi maldade, muito menos machismo interpretei de outra forma”, comentou um no perfil @vemmebuscarhebe. “Desculpa a galera que se sentiu ofendida, mas o cara não falou dele, falou que teve gente ali que n acreditava nela por ser bonita, n houve machismo da parte dele”, disse outro. “A receita é simples: se você vai elogiar a qualidade de uma mulher enquanto PROFISSIONAL e cita a aparência física enquanto qualidade é machismo sim. As pessoas estão tão acostumadas a verem mulheres como objeto que normaliza alguém elogiar aparência, como elogio “profissional””, explicou uma internauta.
Sem citar o episódio, Helena Rizzo compartilhou um textão que remete ao episódio. “Cozinho profissionalmente desde os 18 anos. Saí de casa aos 17, quando ainda trabalhava como modelo. Não dá pra contar as inúmeras vezes em que enfrentei misoginia e machismo nesses ambientes de trabalho, as diversas vezes que me senti incomodada e que o “melhor” que podia fazer, era dar aquele sorrisinho constrangedor com o canto da boca e seguir em frente. Fomos condicionadas, na minha geração, a normalizar os assédios, a jogá-los pra baixo do tapete e seguir adiante. Sempre fiz isso, sem perder o foco de quem eu era, e do caminho que queria percorrer. Sem guardar mágoa…sem grandes cicatrizes, a não ser as marcas nos braços de cortes e queimaduras.
É triste constatar que em 2023 continua tudo igual (se não pior), com a única diferença de que hoje, detectamos esse tipo de situação mais facilmente, e podemos nos expressar com maior acolhimento (nem sempre).
Respeitem nosso corre, intelecto, capacidade e multiplicidade!”
Fonte: Mulher