Considerada uma doença previsível e evitável, o câncer de colo do útero ainda apresenta números alarmantes, com 17 mil novos casos previstos somente para este ano no Brasil, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Segundo Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares, diante deste cenário, uma das maneiras mais efetivas para identificar a doença é o monitoramento frequente da presença do HPV no organismo – principal causador da enfermidade. E é nesse sentido que a Captura Híbrida demonstra sua efetividade.
“Em cerca de 90% dos casos de contaminação por HPV, o próprio organismo consegue combater a presença do vírus, no entanto, quando essa infecção é prolongada, pode acabar gerando lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna. A Captura Híbrida é capaz de detectar a presença estendida do HPV e, em casos positivos, em qual das 13 variações mais comuns de potencial cancerígeno ele se encaixa. Esse tipo de exame permite diagnosticar a contaminação antes do surgimento da lesão, o que amplia as possibilidades dos tratamentos precoces e cura”, explica o especialista.
Embora existam outros exames, frequentemente prescritos pelos médicos para o acompanhamento anual de rotina das mulheres, como o Papanicolau e a colposcopia, Oliveira destaca a efetividade da Captura Híbrida, que por ser um teste mais sensível e avançado, garantindo resultados de maior confiabilidade.
Quem pode fazer e onde
“O exame pode ser realizado por mulheres a partir dos 30 anos de idade e caso apresente um resultado negativo, um novo rastreio pode ser feito dentro de um intervalo de cinco anos. Essa testagem molecular já existe há mais de 20 anos, é a mais utilizada em todo o mundo e mais de 100 milhões de mulheres já fizeram este exame”, complementa o executivo da QIAGEN.
Por enquanto, no Brasil, a Captura Híbrida está disponível apenas no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste. “No entanto, as pacientes que possuem convênio médico devem insistir com seu ginecologista para que ele prescreva o exame. Essa iniciativa pode ajudar a salvar milhares de vidas”, alerta o executivo da QIAGEN.
O câncer de colo do útero não costuma apresentar sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença. Além da realização anual dos exames de rotina, é preciso atenção para alterações como sangramento vaginal sem causa, corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é recomendado buscar ajuda médica com urgência.
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Fonte: Mulher