Nesta terça-feira (3), o julgamento do ex-presidente dos EUA Donald Trump entra no segundo dia em Manhattan, no estado de Nova York. Ele e seus filhos mais velhos são julgados por fraude após um tribunal de recurso estatal negar o pedido do ex-mandatário para suspender o julgamento.
De acordo com a acusação, eles teriam inflado o valor de seus ativos em bilhões de dólares para garantir termos de empréstimo e seguro mais favoráveis
Letitia James, procuradora-geral responsável pelo processo civil contra Trump, quer uma punição de ao menos US$ 250 milhões em multas, uma proibição permanente contra Trump e dois de seus filhos de administrarem empresas em Nova York, além de serem vetados por cinco anos de atuarem no setor imobiliário.
O julgamento contra Trump — o principal candidato à indicação presidencial republicana para as eleições do ano que vem e quem aparece à frente das pesquisas eleitorais — acontece uma semana após a decisão do juiz Arthur Engoron, que definiu que o ex-presidente cometeu fraudes. Engoron também afirmou que Trump cancelou certificados comerciais de seus empresas, incluindo as consideradas mais valiosas, como a Trump Tower e a 40 Wall Street, em Manhattan.
Na ocasião, o juiz ainda disse que nomearia administradores para supervisionar a dissolução das companhias.
Trump, no entanto, negou qualquer irregularidade e seus advogados disseram que vão recorrer. Ontem, o ex-mandatário acusou o processo de ser uma “caça às bruxas”.
“Tenho passado por uma caça às bruxas há anos, mas agora isso está realmente ficando sujo entre Jack Smith [o advogado especial] e entre todas essas pessoas do Departamento de Justiça que os ajudam”, afirmou.
“Esta é uma pura caça às bruxas com o propósito de interferir nas eleições dos Estados Unidos da América. É totalmente ilegal.”
De acordo com Engoron, o julgamento deve durar até 22 de dezembro.
Fonte: Internacional