Nesta sexta-feira (12), o vice-chefe do Hezbollah, o Xeque Naim Qassem, disse que o grupo está “pronto” e “contribuirá” para os confrontos contra Israel. Potências estrangeiras pediram para o grupo, que é financiado pelo Irã, manter-se fora do conflito, mas o vice-líder afirmou que eles já têm um plano traçado e agirão “quando chegar a hora”.
De acordo com Qassem, grande parte da comunidade internacional, incluindo países árabes e a Organização das Nações Unidas (ONU), disse “direta e indiretamente” para que o Hezbollah “não interfira” no conflito entre Israel e Hamas, que começou após um ataque surpresa do Hamas ao país no último sábado (7).
“O Hezbollah conhece perfeitamente os seus deveres. Estamos preparados e prontos, totalmente prontos, e acompanhamos os desenvolvimentos momento a momento”, disse ele.
Fontes disseram à CNN que o Hezbollah já definiu ações com âmbito limitado para evitar uma repercussão maior no Líbano.
Embora Qassem seja o oficial mais graduado do grupo, o chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, ainda não se pronunciou desde o início dos conflitos.
“A pergunta que todos esperam é: o que o Hezbollah fará e qual será a sua contribuição?”, disse o vice-chefe. “Contribuiremos para o confronto dentro do nosso plano. Quando chegar a hora de qualquer ação, nós vamos agir.”
Aliado do Hamas, o Hezbollah surgiu durante a Guerra Civil do Líbano, entre 1980 e 1990. No mundo islâmico, a organização política e paramilitar é vista como um movimento de resistência, já no mundo ocidental, é tido como uma organização terrorista por diversos países.
A organização ganhou notoriedade no mundo muçulmano xiita após ter levado Israel a desocupar o sul do Líbano, em maio de 2000.
Fonte: Internacional