Mulheres que enfrentam o câncer de mama muitas vezes precisam se submeter à retirada dos seios, a mastectomia. Há, no entanto, métodos para reconstruir a mama, e o uso de silicone é um deles. O médico cirurgião plástico Jairo Casali, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da “International Society of Aesthetic Plastic Surgery” (ISAPS), esclarece como funciona o procedimento, em quais casos é recomendado, e como é o pré e o pós-operatório.
Como funciona a reconstrução com prótese de silicone?
A cirurgia de reconstrução mamária após mastectomia é feita utilizando os tecidos da própria mama ou próximos a ela. O procedimento pode ser associado à prótese de silicone ou expansor de tecidos para devolver forma e volume mamários que foram diminuídos com a retirada do tumor. Isso vai variar conforme a extensão da cirurgia de mastectomia e com o grau de agressividade da doença. O diagnóstico precoce, portanto, é extremamente importante visto que poupa tecido sadio e possibilita uma cirurgia menos agressiva.
Quando pode ser realizada?
A cirurgia de reconstrução mamária pode ser feita imediatamente após a mastectomia, no mesmo tempo cirúrgico, ou tardiamente. Essa escolha será feita em conjunto com a equipe de mastologia e com a equipe reconstrutora, baseada no perfil do tumor mamário diagnosticado. A prótese de silicone ou o expansor de pele será importante para garantir o formato e o volume da nova mama.
Qualquer mulher pode fazer?
Qualquer mulher que tenha se submetido a mastectomia e tenha boas condições clínicas pode se submeter a uma reconstrução mamária, desde que o estágio do tumor permita isso.
Como é o pré e o pós-operatório?
O pré-operatório é igual ao de qualquer cirurgia mamária, sendo importante realizar exames de rotina laboratorial e cardiológicos. Além disso, o estadiamento do tumor da mama é fundamental para definir qual a sequência de tratamentos, se incluirá ou não tratamentos adjuvantes. No pós-operatório, em poucos dias, a mulher já tem suas atividades próximas do normal, apenas com leves restrições. É possível que, em alguns casos, sejam necessárias terapias adicionais contra o câncer.
Fonte: Mulher