A infância é uma época dinâmica na vida de todo ser humano, dentre outros fatores, por ser marcada por diferentes estágios, determinados pela idade e pelos aspectos de desenvolvimento dos indivíduos. Ao todo, três etapas formam a vida infantil, são elas: a fase da primeira infância, que compreende desde o nascimento do bebê até os dois anos de idade; a fase da segunda infância — também conhecida como etapa pré-escola — que engloba dos três aos cinco anos e a fase da terceira infância, ou idade escolar, que tem início por volta dos seis anos e termina aos 12 anos.
As idades exatas em que as características de cada uma dessas etapas chegam à vida da criança podem variar de acordo com aspectos individuais, mas é comum que pais com filhos na mesma faixa etária enfrentem os mesmos desafios, conforme aponta a profissional de Pediatria da rede AmorSaúde, Ana Sara Pacífico.
“Quando lidamos com a vida infantil, é fundamental ter em mente que cada criança é única e pode atingir marcos de desenvolvimento em momentos diferentes. Por isso, é importante observar e entender as necessidades específicas do seu filho, adaptando os cuidados e a orientação de acordo com essas necessidades individuais”, ressalta a médica.
A seguir, conheça as características das diferentes fases da infância e recomendações da médica da área de Pediatria para lidar com as crianças em cada uma das etapas de seu desenvolvimento:
Primeira Infância: entre 0 e 2 anos
A primeira infância é um momento mágico, onde bebês estão começando a descobrir o vasto mundo ao seu redor. “Eles estão desenvolvendo habilidades motoras, como engatinhar e andar, e estão começando a balbuciar suas primeiras palavras”, explica a dra. Ana Sara, que atende na unidade Rio Branco, da rede AmorSaúde.
Segundo a profissional, os cuidados recomendados aos adultos durante a primeira fase da vida das crianças incluem fornecer um ambiente seguro para explorar, garantir uma alimentação adequada e estabelecer uma rotina consistente de sono.
O cuidado com o ambiente envolve a remoção de objetos perigosos, a proteção de tomadas elétricas e a instalação de portões de segurança, entre outras questões de segurança. Uma nutrição adequada significa prover uma dieta equilibrada, que é essencial para o desenvolvimento físico e cerebral. E o estabelecimento de uma rotina de sono garante que a criança descanse bem, fator vital para o desenvolvimento saudável.
É importante também interagir com a criança com carinho e atenção, fortalecendo os laços afetivos e impulsionando o desenvolvimento. “A interação e o carinho são essenciais para estimular o desenvolvimento cognitivo e emocional”, garante a profissional.
Segunda infância: entre 3 e 5 anos
Durante esta fase, as crianças estão crescendo e desenvolvendo suas habilidades sociais, emocionais e cognitivas. “É nesse momento que elas começam a brincar com outras crianças, aprendendo sobre regras e limites”, observa a Dra. Ana Sara. Por isso, cuidar delas envolve estimular a aprendizagem por meio de atividades criativas e educativas, promover habilidades sociais e emocionais, e manter rotinas consistentes, ensina a médica da área de Pediatria.
As recomendações envolvem proporcionar atividades que estimulem a aprendizagem e a criatividade, como desenho, pintura e jogos educativos; ajudar as crianças a aprenderem a lidar com suas emoções e a interagir de forma saudável com os outros; e manter rotinas consistentes para fornecer segurança e previsibilidade às crianças.
Terceira infância: dos 6 aos 12 anos
Nessa fase, as crianças estão na escola, desenvolvendo habilidades acadêmicas, cognitivas e sociais. “Elas começam a construir amizades e a descobrir seus próprios interesses”, elucida a profissional. “Aqui, é importante apoiar a educação formal, incentivando a exploração de hobbies e atividades extracurriculares. Também é crucial ajudar a construir habilidades de resolução de problemas e comunicação”, recomenda.
Sendo assim, é importante que o adulto responsável esteja envolvido na educação da criança, incentivando o aprendizado e ajudando com as tarefas escolares, além de guiar a criança a resolver conflitos de forma construtiva.
Depois de completas as fases de desenvolvimento infantil, a adolescência chega com novos desafios para os pais e significativas mudanças físicas, emocionais e sociais para as crianças. “É uma fase na qual as pessoas estão explorando suas identidades individuais e tornando-se mais independentes, por isso cabe fornecer apoio emocional e orientação, mantendo linhas abertas de comunicação e ajudando-os a entender questões de saúde, sexualidade e tomada de decisões responsáveis”, recomenda a médica.
Por isso, também nessa etapa da vida, é recomendado que o adulto responsável esteja presente para apoiar emocionalmente o adolescente durante as transformações que estão ocorrendo e ajudá-lo a desenvolver habilidades de autossuficiência.
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Fonte: Mulher