O Crescente Vermelho palestino informou neste sábado (11) que tanques israelenses estão a 20 metros de distância do hospital Al-Quds, na cidade de Gaza. “Há tiros diretos contra o hospital, criando um estado de pânico e medo extremo”, afirma o movimento humanitário.
“Tanques e veículos militares israelenses cercam o hospital Al-Quds por todos os lados, com bombardeios de artilharia fazendo o prédio tremer. Há tiroteios intensos no hospital e o número de feridos ainda não é conhecido”, completa o Crescente Vermelho, em comunicado divulgado nas redes sociais, no qual afirma que as equipes de saúde estão “presas” no hospital.
Além de cerca de 500 pacientes, o hospital Al-Quds também abriga 14 mil palestinos que deixaram suas casas. A maior parte deles é composta por crianças e mulheres. Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, cerca de 70% da população da Faixa de Gaza saiu de casa em busca de locais teoricamente mais seguros, como escolas, hospitais e abrigos humanitários.
Nos últimos dias, diversos hospitais têm registrados ataques israelenses na Faixa de Gaza. O hospital al-Shifa, que fica na Cidade de Gaza, é um dos principais alvos – Israel afirma que o Hamas tem sua sede em túneis sob a unidade, o que é negado pelo grupo.
Neste sábado, a fronteira entre Gaza e o Egito segue fechada justamente por conta dos ataques a hospitais. Para que estrangeiros sejam liberados, é necessário que feridos também sejam deslocados até a passagem, processo que está sendo travado pelos ataques a unidades de saúde.
Um grupo de brasileiros, que já recebeu autorização para sair, segue preso em Gaza . “Se ambulâncias puderem sair, os estrangeiros também sairão, inclusive nossos brasileiros. Estamos todos mobilizados. Assim que sair a notícia da abertura da fronteira, levaremos em poucos minutos todos de novo para lá”, informou o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.
Fonte: Internacional