Milei e Massa divergem sobre Brasil em último debate antes da eleição

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Javier Milei e Sergio Massa
Reprodução/redes sociais

Javier Milei e Sergio Massa

O candidatos à Presidência da Argentina, Javier Milei e Sergio Massa , realizaram o último debate antes do segundo turno das eleições, que ocorrerá neste domingo (19). Um dos pontos críticos do embate foi a relação do país com o Brasil, seu segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China, que também foi alvo de divergência entre os candidatos.

Milei já defendeu que as relações com “países comunistas”, como classifica o Brasil, devem ser restritas. Massa disse que a medida traria ainda mais desemprego para os argentinos e que “a política exterior não se pode ser regida por caprichos”.

O ultra-direitista rebateu o adversário citando que o presidente “Alberto Fernández também não falava com [o ex-presidente Jair] Bolsonaro” e que o Mercosul está em uma rua sem saída.

“Sobre as mentiras de que eu digo que não devemos comercializar com a China ou o Brasil, é falso. É uma questão do mercado privado e o Estado não tem porque se meter, porque cada vez que se mete gera corrupção”, afirmou. Mais tarde, Milei postou uma imagem do debate em que coloca Massa com o rosto do Pinóquio, em alusão às supostas mentiras. Veja:


Os dois discutiram, e a apresentadora teve que interferir no debate pela primeira vez para pedir que eles não se interrompessem.

Milei também atacou parte da equipe de marqueteiros de Massa, composta por brasileiros que trabalharam nas campanhas presidenciais petistas de Fernando Haddad e Lula contra Bolsonaro no Brasil.

“Eu convido os espectadores a procurarem no Google o que este senhor já falou [sobre corte de subsídios]”, afirmou o ministro. “Eu convido os espectadores a ver os vídeos inteiros, não os que os brasileiros editam para fazer campanha para você”, respondeu o libertário.

Não se sabe ao certo a influência que o debate terá nos eleitores, já que no primeiro turno a diferença nas pesquisas pouco variou a cada embate entre os candidatos.

Na última semana de eleições, a legislação eleitoral da Argentina proíbe a publicação de pesquisas eleitorais. Na última divulgada, o ultraliberal Milei aparece à frente com uma leve vantagem após receber apoio da candidata Patrícia Bullrich, que ficou em 3º no primeiro turno com 23% dos votos.

A segunda e última sondagem de segundo turno da AtlasIntel, divulgada nesta sexta (10), por exemplo, mostra um cenário de estabilidade em relação à semana passada, com 52,1% das intenções de voto para Milei e 47,9% para Massa, com margem de erro de um ponto percentual.

Fonte: Nacional

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