Na última terça-feira (21) e na manhã desta quarta-feira (22), o Iraque informou que um ataque aéreo, que deixou ao menos 8 mortos, foi feito pelos Estados Unidos na região sul de Bagdá. Os alvos eram combatentes milicianos pró-irã. Segundo o porta-voz do governo, Bassem al-Awadi, entretanto, o ataque não foi coordenado junto ao Iraque, o que seria uma “violação inaceitável da soberania iraquiana”.
A milícia que foi alvo é a Kataib Hezbollah, também conhecida como Brigadas do Hezbollah. O grupo armado confirmou que oito de seus integrantes foram abatidos no ataque promovido pelos Estados Unidos. Eles acrescentaram que a morte dos combatentes “não ficarão impunes”.
Segundo o Comando Central dos Estados Unidos, os ataques foram uma retaliação por “ataques contra os EUA e as forças da coligação por parte do Irão e de grupos apoiados pelo Irão”.
Esses são os primeiros ataques deferidos contra as forças apoiadas pelo Irã no Iraque, em que os Estados Unidos assumem autoria desde os ataques realizados contra o país norte-americano. O motivo havia sido o anúncio de apoio de Washington a Israel, no conflito armado que se segue em Gaza desde o dia 7 de outubro. A capital dos Estados Unidos vem sendo alvo dos grupos apoiados pelo Irã na divisa com a Síria.
Segundo o Pentágono, desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, as forças norte-americanas foram alvos de ataque no Iraque e na Síria ao menos 66 vezes. Isso já resultou em mais de 60 pessoas feridas.
O último ataque teria ocorrido na segunda-feira (20), com o disparo de um “míssil balístico de curto alcance contra as forças dos EUA e da coligação na base aérea de Al-Asad”, segundo informou o porta-voz do Pentágono, Brigadeiro-General Pat Ryder. O ataque, que foi feito por milícias apoiadas pelo Irã, deixou cerca de oito pessoas feridas.
O Iraque, por meio do porta-voz al-Awadi, denunciou os grupos que estão sendo apoiados pelo Irã, afirmando que estão envolvidos em esquemas “ilegais” e “colocando em risco o interesse nacional”.
Fonte: Internacional