No primeiro dia de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas , palestinos tentaram voltar às suas casas no norte da Faixa de Gaza. De acordo com a imprensa local, porém, o exército israelense está proibindo a movimentação.
Israel alertou as pessoas que elas não podem acessar a região norte de Gaza, que foi destruída pela guerra. Segundo o exército israelense, essa é uma zona de combate, portanto não é segura. Avichay Adraee, porta-voz militar israelense, disse, em comunicado, que “a guerra não acabou”.
“Moradores de Gaza, o movimento da população do sul da Faixa para o norte não será permitido de forma alguma, mas apenas do norte para o sul. Os convidamos a não se aproximarem das forças militares e das áreas a norte de Gaza. Aproveite o tempo para reabastecer suas necessidades e organizar seus assuntos. A zona norte da Faixa de Gaza é uma zona de combate e é proibido permanecer lá. A guerra não acabou e pedimos que você obedeça aos ensinamentos e advertências para sua segurança”, escreveu, em publicação no Twitter.
De acordo com a agência Associated Press, Israel lançou também panfletos sobre o sul de Gaza alertando para que os palestinos não tentem regressar ao norte do enclave. Segundo a rede televisiva Al Jazeera, o exército israelense disse que esperava que o Hamas influenciasse os palestinos a voltarem para o norte durante a trégua, mas que está preparado para evitar que isso aconteça.
Segundo a agência de notícias palestina Wafa, pessoas ficaram feridas ao tentar ultrapassar o exército isralense rumo ao norte de Gaza. Além disso, a imprensa relata que duas pessoas teriam sido mortas a tiros por militares israelenses.
Desde o início da guerra, cerca de 1,7 milhão de pessoas deixaram suas casas em Gaza, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse número corresponde a 80% da população local.
As famílias deixaram suas casas em busca de locais mais seguros, como escolas, hospitais e abrigos humanitários. Além disso, houve uma forte fuga para o sul desde que as forças israelenses ordenaram a evacuação do norte, que sofre uma invasão terrestre. Mesmo com a ordem, o sul de Gaza continuou sendo atingido por bombardeios.
Fonte: Internacional