Mônica Rocha é a primeira mulher brasileira com Síndrome de Down a se graduar faixa preta no Taekwondo, segundo a Liga Nacional de Taekwondo, por meio dos projetos do Instituto Olga Kos, entidade sem fins lucrativos, dedicada a projetos artísticos e esportivos aprovados em leis de incentivo fiscal, com atendimento prioritário a pessoas com deficiência, abrangendo crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade.
Mônica relata como o Taekwondo se revelou um caminho para seu desenvolvimento pessoal, enfrentando desafios físicos ligados à Síndrome de Down. Nos primeiros passos dessa jornada, deparou-se com obstáculos, inclusive sendo desencorajada por uma diretora que subestimou erroneamente suas capacidades, sugerindo até mesmo que abandonasse a escola devido ao seu
“ambiente desafiador”, sugerindo que ela seria aprovada, mas que não precisava frequentar as aulas.
Essa resistência não ficou apenas no âmbito escolar; inicialmente, seu pai discordava de sua participação nas aulas de artes marciais por achar que era uma prática restritamente masculina, mas hoje o genitor encoraja a ascensão da filha no mundo do taekwondo. Apesar das adversidades e do ceticismo inicial, seus pais tornaram-se apoiadores incansáveis, acompanhando Mônica em
seus treinos e aulas no Instituto Olga Kos.
Essa transformação não apenas demonstrou a resiliência de Mônica, mas também o papel fundamental que o apoio familiar desempenhou em sua jornada de superação, capacitando-a a, após 10 anos de dedicação, conquistar a faixa preta no Taekwondo.
O ápice de sua perseverança revelou-se nos Jogos Parapan de Santiago 2023, onde Mônica, ao lado do Faixa preta em karatê, também participante do Olga, Márcio Glaber, fez uma ilustre apresentação na Casa Brasil. É importante destacar que os dois , Monica e Glauber, conquistaram a faixa preta e são instrutores de oficinas de artes marciais promovidas pelo Olga Kos.
A jornada de Mônica Rocha representa o triunfo sobre as adversidades, servindo de inspiração para outros perseguirem seus sonhos. Seu exemplo é um farol de determinação, iluminando o caminho para um futuro mais inclusivo no cenário esportivo global.
Fonte: Mulher