Cada vez mais, o Brasil vem crescendo no número de cirurgias de pálpebra, também conhecidas como blefaroplastia. Um estudo divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês) em janeiro de 2023 apontou que o Brasil foi o país do mundo onde mais se fez procedimentos do tipo. Ao todo, foram 177 mil cirurgias de pálpebras realizadas.
O número representa um crescimento em relação ao ano anterior do estudo e coloca o Brasil bem à frente do Japão, segundo colocado na lista com 152 mil procedimentos. Segundo a ISAPS, 12,2% das cirurgias de pálpebra são feitas no país.
Enxergando esse crescimento e entendendo sobre as dúvidas das pessoas, o cirurgião oftalmo e especialista em blefaroplastia, Pedro Ruiz, listou alguns mitos e verdades sobre a blefaroplastia. Confira abaixo:
1 – O procedimento possui apenas função estética
Mito. Questões estéticas faciais podem levar a um visual mais velho ou mesmo a uma falta de simetria, afetando negativamente a confiança das pessoas em si mesmas. Além disso, a perda de firmeza na área do rosto pode resultar em complicações adicionais ligadas à saúde dos olhos. Exemplos incluem a limitação da visão lateral e a restrição do campo visual, o que pode interferir e limitar a realização de tarefas cotidianas básicas. Pedro Ruiz explica que o procedimento auxilia não só esteticamente, como também no caso de desconforto do campo visual, causado pelo excesso de pele e sensação de peso nas pálpebras superiores.
2 – Pálpebras caídas podem não ser somente excesso de pele
Verdade . Frequentemente, uma aparência de olhos cansados ou sonolentos pode ser devido ao enfraquecimento do músculo que eleva a pálpebra. Nessa situação, o cirurgião precisa tratar essa condição, conhecida como Ptose Palpebral.
“Diante dessa situação, torna-se essencial consultar um especialista e fazer
exames para determinar o real objetivo da cirurgia e as necessidades do
paciente”, esclarece Pedro Ruiz.
3 – A cirurgia se restringe apenas a jovens e adultos
Mito . De acordo com o médico, a decisão de realizar a cirurgia não está relacionada à idade, mas às necessidades estéticas ou funcionais individuais. Contanto que haja uma recomendação médica para o procedimento, não há razões para não realizá-lo, visando aprimorar a autoestima e a qualidade de vida do paciente.
4 – O pós-operatório é tranquilo e indolor
Verdade . A operação é vista como indolor, inclusive no período pós- cirúrgico. Pedro Ruiz esclarece que, na pior das hipóteses, pode haver um ligeiro incômodo e a sensação de estar inchado, considerando que a área ao redor dos olhos é frágil e sensível.
Porém, o incômodo vai regredindo com o passar do tempo de recuperação. O procedimento, normalmente, é realizado com sedação, além da anestesia local, garantindo o conforto e segurança no intra-operatório e afetando positivamente o pós-operatório.
5 – A cirurgia não deixa cicatrizes
Verdade . Muitas pessoas estão atentas a essa questão, considerando que a
área dos olhos é muito exposta. Porém, Pedro Ruiz enfatiza que a recuperação e os resultados finais dependem de vários fatores pós-operatórios.
“Portanto, é crucial seguir todas as orientações médicas para evitar complicações pós-cirúrgicas. O processo de cicatrização da pele pode levar meses até que o aspecto final seja alcançado. Durante esse período, é possível trabalhar para assegurar que o resultado seja o mais satisfatório possível”, conclui o cirurgião especialista em blefaroplastia.
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Fonte: Mulher