Trump terá de pagar R$ 410 milhões por difamação de escritora

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Trump pretende recorrer
Reprodução: Flipar

Trump pretende recorrer

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, deverá pagar US$ 83,3 milhões (R$ 410 milhões) em indenização para E. Jean Carroll, escritora, por difamá-la desde que ela o acusou de estupro em 2019. O veredito foi dado pelo júri de Nova York na sexta-feira (26). Trump, que criticou a decisão, planeja recorrer.

Trump, de 77 anos, postou em sua rede social Truth Social, chamando a decisão de “ridícula”. Carroll, de 80 anos, testemunhou que os ataques de Trump causaram danos à sua reputação como colunista da revista Elle.

“Absolutamente ridículo! Discordo totalmente de ambos os veredictos e irei apelar de toda essa caça às bruxas dirigida por [Joe] Biden focada em mim e no Partido Republicano. Nosso sistema jurídico está fora de controle e sendo usado como uma arma política”, postou Trump, de 77 anos, em sua rede social Truth Social.

Em 2019, Carroll acusou Trump de estupro em um livro de memórias. Trump a chamou de “doente mental”. Em outro caso civil no ano passado, Trump foi considerado culpado por abuso sexual e difamação.

“Fui atacada no Twitter”, disse Carroll ao júri. “Fui atacada no Facebook. Eu estava vivendo em um novo universo.”

A indenização inclui US$ 65 milhões em danos punitivos. Advogados de Carroll destacaram a riqueza de Trump e sua conduta maliciosa.

Advogados de Trump retrataram Carroll como uma escritora em busca de fama. Durante o julgamento, Trump usou o caso para alegar ser vítima de uma conspiração política.

“A lei permite que se leve em consideração a riqueza de Donald Trump, bem como sua conduta maliciosa e rancorosa contínua ao fazer essa avaliação”, disse a advogada de Carroll, Roberta Kaplan, durante o julgamento. “Agora é a hora de fazê-lo pagar por isso, e agora é a hora de fazê-lo pagar caro.”

Este caso é apenas uma parte dos problemas legais de Trump, que enfrenta 91 acusações em quatro processos. As acusações estão relacionadas à tentativa de reverter sua derrota nas eleições de 2020 e ao discurso que alimentou teorias da conspiração.

Trump tem usado esses processos para argumentar que está sendo perseguido pelo “Estado profundo” e que é alvo de uma conspiração para evitar sua vitória sobre Biden. Sua principal defesa é alegar imunidade presidencial total, argumentando que não pode ser processado por ações durante seu mandato na Casa Branca.

Em dezembro, um tribunal de Washington invalidou esse argumento em um caso relacionado ao ataque ao Capitólio. Os advogados de Trump aguardam uma decisão de uma corte de apelações, mas o caso provavelmente chegará à Suprema Corte, que rejeitou um pedido do Departamento de Justiça para revisar a questão antecipadamente.

Além disso, Trump tenta reverter uma decisão da Justiça do Colorado que o considerou inelegível no estado por seu envolvimento na insurreição. Uma decisão semelhante foi tomada no Maine, mas está temporariamente suspensa até uma decisão final da Suprema Corte, cuja data ainda não foi definida.

Fonte: Internacional

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