Nos últimos anos, o debate em torno dos relacionamentos abertos e não-monogâmicos tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade. Com o aumento da visibilidade de casais que optam por experiências não-tradicionais, muitos mitos estão atrelados a esse estilo de vida. Para desvendar esses aspectos, o casal Marina Rotty e Marcio Wolf, especialistas no assunto, ajudam a desmistificar a não-monogamia consensual e celebrar o amor liberal.
Relacionamentos abertos são sinônimos de infidelidade?
Marina e Marcio explicam que, ao contrário do que muitos pensam, a não-monogamia consensual é baseada na honestidade e na comunicação. “Ao abrir uma relação, existe um acordo mútuo de compartilhar experiências com outras pessoas, sempre com consentimento e transparência. Obviamente isso é muito diferente de traição, que envolve quebra de confiança”, esclarece Marina.
Relacionamentos abertos são apenas uma fase?
Outro mito comum é que casais que optam por abrir seus relacionamentos estão apenas passando por uma fase experimental. Marcio destaca que a não-monogamia consensual é uma opção válida e duradoura de relacionamento. “Para nós, foi uma forma de fortalecer a relação, não uma fase temporária. É sobre confiança e evolução constante”, enfatiza.
Não-monogamia é só para pessoas descompromissadas?
Há quem acredite que relacionamentos abertos são destinados apenas a pessoas que não desejam compromissos sérios. Marina rebate essa ideia, destacando que a não-monogamia pode em muitos casos promover relações mais profundas e comprometidas. “O compromisso não está em uma folha de papel ou em uma festa de casamento. Compromisso está dentro de cada um”, afirma.
Todos os casais não-monogâmicos praticam swing?
O swing, prática que envolve a troca de parceiros sexuais entre casais, é frequentemente associado à não-monogamia. Entretanto, Marcio destaca que cada casal define seus próprios limites e práticas. “O swing é apenas uma vertente da não-monogamia consensual. Existem inúmeras formas de vivenciar relacionamentos abertos, e cada casal decide o que se encaixa melhor em sua dinâmica”, esclarece.
Relacionamentos abertos acabam com a intimidade emocional?
Outro aspecto que Marina e Marcio desvendam é a ideia de que a não-monogamia compromete a intimidade emocional. Marcio argumenta que, na verdade, a prática fortalece a comunicação e a conexão entre o casal. “Compartilhar nossas experiências nos fez entender melhor as necessidades emocionais um do outro. A comunicação profunda é a base de qualquer relacionamento saudável, seja ele monogâmico ou não”, destaca.
A verdade: Relacionamentos não-monogâmicos exigem comunicação constante e respeito mútuo
É evidente que a chave para um relacionamento não-monogâmico bem-sucedido é a comunicação aberta e o respeito mútuo. Ambos reforçam a importância de estabelecer limites claros, alinhar expectativas e, acima de tudo, garantir que todas as partes envolvidas estejam confortáveis com a dinâmica escolhida.
Fonte: Mulher