Muitas mulheres ficam preocupadas com os efeitos da menopausa no corpo feminino. Além das mudanças corporais em termos estéticos, como o aumento da circunferência da cintura, em decorrência das alterações hormonais, outra queixa é a falta de lubrificação vaginal.
Segundo o ginecologista Guilherme Henrique Santos, especialista em Rejuvenescimento Íntimo, da clínica Les Peaux, o uso de lubrificantes à base de silicone podem ser uma boa solução no momento da relação sexual. O médico tira algumas dúvidas sobre a questão.
A partir de qual idade começam os primeiros sinais do ressecamento da região íntima feminina? Seria mesmo após menopausa ou começam a surgir, ainda que pontualmente, antes desta fase?
Não existe uma data exata, mas sabemos que a partir dos 40 anos a mulher já começa a sentir os efeitos de diminuição da lubrificação. Os sintomas ficam mais evidentes durante o climatério, período próximo a menopausa, e se intensificam nos pós menopausa, pela queda hormonal mais acentuada e pelo processo de envelhecimento natural.
Neste caso, o que pode ser feito em termos de uso de produtos com ativos específicos e tratamentos em consultório, para reduzir os efeitos desta redução da lubrificação da região, de forma preventiva, antes da chegada da menopausa?
Deve-se iniciar o quanto antes o uso de hidratantes específicos para a região íntima. Já existem no mercado cremes lubrificantes com ácido hialurônico que auxiliam na melhora do ressecamento vaginal. Algumas pacientes, mesmo antes da menopausa, já apresentam indicação para reposição hormonal via vaginal. Outros tratamentos também podem ser associados, como Laser de CO2, que auxilia na melhora da lubrificação, tônus e rejuvenescimento íntimo.
Em mulheres menopausadas propriamente ditas, quais são os recursos capazes de proporcionar uma vida sexual ativa, sem o desconforto da dor no momento do ato sexual, pela redução da lubrificação?
Com a menopausa, a vagina diminui sua elasticidade e lubrificação naturais. A melhora da dor na relação sexual vai acontecer quando esses dois mecanismos forem restaurados. A utilização de lubrificantes a base de silicone pode ser uma alternativa interessante para essas pacientes, pois além de promover uma melhor lubrificação, esses produtos têm maior duração e geralmente não precisam ser reaplicados várias vezes durante a relação sexual. Porém, não podem ser utilizados junto com preservativo, pelo risco de rompimento.
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Fonte: Mulher