O desenvolvimento das mamas durante a adolescência é um importante marcador da transição para a idade adulta. É entre os 8 e 13 anos, normalmente, que ocorre o crescimento da glândula mamária, levando tempo médio de 4 anos para se formar por completa.
Fatores hormonais, genéticos, ambientais e estilo de vida estão entre os desencadeadores da disfunção, conforme explica o médico ginecologista e professor do curso de Medicina da Unime Lauro de Freitas, Omar Darzé.
“Flutuações hormonais durante o ciclo menstrual, gravidez, lactação, menopausa ou uso de contraceptivos podem levar a alterações nas mamas. Cistos também podem se formar na região, causando desconforto e sensibilidade. Mais comum em mulheres jovens, tumores não cancerosos, chamados de fibroadenomas, também podem se desenvolver, acompanhados de dor local”, aponta.
Nesta idade, dentre as disfunções mamárias mais comuns estão:
– As anomalias congênitas, ou seja, aquelas que nascem com a criança, como a presença de mais de 2 mamilos, chamada de politelia ou a presença de tecido mamário acessório, chamado de polimastia. Esses mamilos ou mamas “a mais” podem se estender desde a axila até a virilha.
– Outra anomalia mamária que pode ocorrer é a ausência completa do mamilo, da aréola, ou até mesmo de toda a mama, essa disfunção geralmente é unilateral e é mais rara de ocorrer.
– Há também o uso de certos medicamentos ou a ingesta em excesso de bebidas estimulantes como o café, que podem levar ao aparecimento de dor mamária. “A dor mamária também pode estar presente na mama em desenvolvimento e pode estar associada ao não uso ou ao uso inadequado de sutiã de suporte durante o exercício físico, a dor também pode ser pré- menstrual ou por uma gestação inicial”, destaca a ginecologista.
Embora menos comum do que em mulheres, a disfunção mamária em homens pode ocorrer e geralmente é referida como ginecomastia. A ginecomastia é o crescimento anormal do tecido mamário em homens, resultando em mamas aumentadas ou inchadas. Pode afetar uma ou ambas as mamas, e as causas podem variar.
Vale lembrar que a maioria das anomalias mamárias na infância e adolescência são benignas, no entanto podem ser motivo de preocupação para jovens, resultando em baixa autoestima, sendo o acompanhamento clínico indicado.
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Fonte: Mulher