Rayssa Bratillieri recorda carreira e celebra sucesso em Elas por Elas

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Rayssa Bratillieri relembra início da carreira e comemora sucesso de Ísis no remake de
Anthony Garcia

Rayssa Bratillieri relembra início da carreira e comemora sucesso de Ísis no remake de “Elas por Elas”

Na reta final do remake de “Elas por Elas” (TV Globo), Rayssa Bratilieri se prepara para se despedir de Ísis, sua personagem na trama das seis. Em sua terceira novela na Globo — ela também fez “Malhação: Vidas Brasileiras” (2018) e “Éramos Seis” (2019) —, a atriz de 26 anos dá vida à ativista pela causa animal e colhe os frutos do sucesso da parceria com Felipe Bragança, com quem faz par romântico na novela.

“Eu preciso dizer que é uma personagem difícil”, brinca ela. “Você trazer uma pauta social, qualquer pauta que seja, normalmente cria uma barreira, porque ninguém quer ser ensinado de nada. Um personagem que milita e que ensina é visto como chato. Mas foi uma luta muito grande minha desde o começo, de: ‘Eu preciso ser tão cativante a ponto de as pessoas quererem me escutar’. E agora eu estou muito feliz com a repercussão, principalmente com esse casal [Ísis e Giovanni] que caiu nas graças do público. A parceria com o Felipe foi um presente na minha vida”, acrescenta a artista, rasgando elogios para o colega de elenco.

Nascida em Apucarana, no interior do Paraná, Rayssa começou nos palcos e, aos 17 anos, se mudou (sozinha) para o Rio de Janeiro para seguir a carreira de atriz. Em um curso livre, feito anteriormente, ela havia conhecido uma diretora de teatro, que lhe prometeu: ‘Se você mudar para o Rio, vai atrás de mim que eu te coloco na minha companhia’. “Peguei o endereço no Google, bati na porta dela e falei: “Oi, você lembra de mim? Fiz um curso livre com você, você disse que se eu viesse para o Rio era pra te procurar”, lembra Rayssa, bem-humorada.

A atriz dá detalhes sobre a mudança: “Minha mãe me trouxe, eu vim carregando três malas no ônibus (risos)”, continua ela, que recorda todo o processo: “Eu vi um quarto [para alugar] na internet, liguei para a proprietária, e eu e minha mãe falamos com ela, e ela foi muito gente boa. Inocência de gente do interior (risos), porque podia dar muito errado, mas a gente foi com a cara e a coragem”, conta.

“Agora, eu olho para trás e falo: ‘Gente, será que eu hoje teria essa coragem que eu com 17 anos tive?’. Porque é uma vontade tão grande de conquistar o mundo, né?”, reflete Bratillieri. “Eu li num livro que normalmente as pessoas descobrem grandes coisas antes dos 25, porque depois a gente começa a ficar racional demais. Hoje, eu entro num Uber e já penso: ‘Meu Deus, eu estou num carro com uma pessoa que eu não conheço…’. [Com a idade,] a gente vai ficando mais em estado de alerta”.

Assim como a personagem Ísis, a atriz também é engajada na causa ambiental

Se tem algo que Rayssa compartilha com Ísis é o comprometimento com a pauta socioambiental. A atriz dividiu com a irmã, Lohana Bratillieri, o projeto “Comecei por Mim”, que surgiu após uma conversa despretensiosa entre as duas sobre o que elas, individualmente, poderiam fazer para reduzir seu impacto no planeta. À época, Rayssa Bratillieri gravava “Malhação”, e o Rio de Janeiro era a primeira capital brasileira a proibir o uso de canudos plásticos nos espaços públicos.

“Eu comecei a usar coletor menstrual, e ela [Lohana] também, comecei a recusar plástico de uso único, nós duas compramos composteiras para conseguir compostar o lixo orgânico e usar o chorume que sai da compostagem para adubar nossas plantas, fui estudar sobre a indústria da carne e comecei a parar de comer carne…”, revive ela.

“E a gente compartilhava [nas redes], fizemos um Instagram ‘Comecei por Mim’, muitas pessoas começaram a seguir, começaram a responder. Nós chegamos a fazer palestras”, acrescenta a global, que também explica a escolha do nome do projeto: “Porque não é sobre o outro, não é sobre os governantes, claro, hoje eu tenho uma ideia diferente sobre isso, porque eu acho que o tema é muito complexo, é muito mais profundo. Mas não deixo de acreditar que também é sobre a gente, que a gente não tem consciência do quanto a nossa ação impacta”.

“O nome faz sentido, mas a gente não pode deixar de responsabilizar também marcas e pessoas que têm poder e dinheiro”

O “Comecei por Mim”, depois, acabou dando origem a uma marca de roupas. “Era uma marca cápsula, chamava ‘Quero ser Frö’, e todo o processo de produção era com materiais orgânicos, contando a história de quem fazia aquela roupa, com tingimento natural”, comenta Rayssa. “Foi uma baita experiência na minha vida, e isso se tornou parte de mim, parte de quem eu sou”, garante ela, justificando:

“Hoje, se eu vou ao mercado, eu tento ao máximo não usar sacola plástica, mas se um dia eu vou e preciso usar, eu sei que usei uma sacola plástica. Não é uma coisa inconsciente”, afirma. Atualmente, o projeto das irmãs Bratillieri está paralisado, mas a atriz admite ter o desejo de transformá-lo em “algo maior”: “O nome faz sentido, mas a gente não pode deixar de responsabilizar marcas e pessoas que têm poder e dinheiro. Vai ficar culpando a própria população sendo que o governo e as empresas não incentivam isso [a consciência socioambiental]?”.

Por conta do projeto, para viver Ísis em “Elas por Elas”, Rayssa Bratilieri diz que: “Eu acho que eu peguei muito da Rayssa um pouco mais jovem, com 19 ou 20 anos, quando eu comecei a descobrir as causas [sociais] e eu queria que todo mundo lesse os livros que eu estava lendo, assistisse aos documentários que eu estava assistindo, essa coisa mais impulsiva… Eu acho que eu não sou mais tão impulsiva assim, mas eu trouxe [para a personagem] o que eu sei que tem dentro de mim, o que eu já vivi, que é essa coisa de querer transformar o mundo”.

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Fonte: Mulher

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