“Às vezes eu acho que não consigo aguentar isso. Então, é sério. Eu tinha claustrofobia. Eu devo ter sido sufocada em outra vida,” disse Madonna, na terça-feira (9), durante a passagem da apresentação pelo estado norte-americano da Flórida, da Celebration Tour. A cantora evelou que tem sofrido com claustrofobia e crises de pânico, especialmente em quartos de hotel que não possibilitam a abertura das janelas. “Eu tenho ataques de pânico quando entro em um quarto e não consigo abrir a janela. Isso me enlouquece”, disse a pop star.
O psicólogo Alexander Bez diz que, em primeiro lugar, é essencial compreender que a claustrofobia e a síndrome do pânico são duas condições distintas, embora compartilhem alguns sintomas semelhantes. Elas têm origens, características e formas de manifestação diferentes.
“A síndrome do pânico é uma condição crônica que pode se agravar ao longo do tempo e não requer um estímulo externo específico para ocorrer. Ao contrário de outras condições psicológicas, a síndrome do pânico surge espontaneamente, exceto quando associada à agorafobia. Trata-se de um transtorno de ansiedade com base psicológica, não neurológica”, explica Bez.
Por outro lado, a claustrofobia é uma resposta emocional específica desencadeada pela exposição a ambientes fechados.
“Ao contrário da síndrome do pânico, a claustrofobia é desencadeada pela presença do estímulo, como um elevador ou um túnel. Sua intensidade pode variar e pode ser gerenciada com o uso de medicamentos, como ansiolíticos”, diz o especialista.
Embora seja raro, é possível que ambas as condições ocorram simultaneamente, mas uma não é dependente da outra para existir. Cada caso é único e pode ser influenciado por diferentes fatores da vida.
Fonte: Mulher