Bárbara Evans, de 33 anos, deu à luz aos gêmeos Álvaro e Antônio há aproximadamente 7 meses. Passados os primeiros meses de vida dos bebês, a influenciadora compartilhou na última terça-feira (18) que decidiu apostar em alguns procedimentos estéticos para reverter os efeitos da gravidez no corpo. A técnica escolhida foi uma combinação de mamoplastia, lipoaspiração e abdominoplastia conhecida como “Mommy Makeover” – em português, “reforma da mamãe”.
Wendell Uguetto, cirurgião plastico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Hospital Albert Einstein, explica que no pós-gestação o corpo sofre várias alterações. “A barriga, pela distensão do bebê, pode, depois da gestação, ficar flácida com gordura localizada. A musculatura pode ficar com diástase, que é o afastamento dos ventres musculares, a mama pode ceder, e aparecer estrias e flacidez de pele, o que começa a incomodar bastante a mulher pós-gestação”, explica.
Afinal de contas, reitera Uguetto, o corpo já não é mais o mesmo. “E aí, muitas mulheres têm uma ansiedade de fazer o quanto antes essa cirurgia. Mas, pela ação hormonal, pela embebição gravídica, que é um tipo de edema, um inchaço que a mulher tem, e pela própria musculatura, até seis meses o corpo ainda pode voltar à posição anterior. Então, a gente pede pelo menos seis meses após o parto para fazer uma cirurgia plástica. E quando a mulher ainda está amamentando, pelo menos de três a seis meses para fazer cirurgia de mama após parar a amamentação”, recomenda o médico.
“Vamos supor que a paciente queira fazer uma abdominoplastia pós-parto. Depois de seis meses, está liberado. Paciente que quer fazer uma mamoplastia, que é a cirurgia de mama, pode fazer após seis meses de cessar a amamentação. Às vezes, a paciente amamentou a criança até seis meses, então tem que esperar até um ano do parto. E todas essas cirurgias podem ser feitas, desde as que não foram alteradas, como cirurgia de nariz, pálpebra, orelha, cirurgia de face, queixo, até as que sofreram alterações na gestação, como mamoplastia, lipoaspiração, abdominoplastia, cirurgia de braços e cirurgias de coxa”, diz Uguetto.
A contraindicação nessa situação é quando ainda não se tem o tempo hábil do parto ou quando o paciente não tem condições clínicas que garantam uma segurança nessa cirurgia. “Não é necessário fazer uma única cirurgia por vez; você pode associar, e essa associação é comum. Existe um termo que chamamos de “cirurgia pós-gestação”, “cirurgia da mãe” ou “transformação da mãe pós-parto”. Essa é uma associação em que se conjugam pelo menos duas ou três cirurgias, que seriam lipoaspiração, mamoplastia (com ou sem prótese) e abdominoplastia para corrigir a flacidez de pele e a flacidez muscular também”, diz o médico.
Combo de cirurgias
Pioneiro na lipoaspiração no Brasil e ex-presidente da SBCP, o cirurgião plástico Luiz Haroldo pereira comenta que a técnica tem se tornado um viral entre as mães. “Esse tipo de cirurgia é cada vez mais frequente em pacientes mais novas. O maior índice é entre mulheres de 25 a 40 anos”, afirma o médico.
Além do ganho de peso, o corpo passa por diversas transformações, como aumento e diminuição abruptos dos seios, diástase dos músculos retoabdominais, flacidez no abdômen e a hérnia umbilical.
O objetivo do Mommy Makeover, segundo Haroldo, é exatamente se adaptar à necessidade de cada mulher, entre abdominoplastia, lipoaspiração, cirurgias de mama e gluteoplastia. “Cada paciente tem uma questão diferente e com esse combinado, conseguimos em uma só cirurgia, reconstituir o corpo e a autoestima.”
Lipoaspiração costuma ser a mais desejada e pode ajudar também no bumbum. Como o ganho de peso é uma das características mais naturais da gestação, as gordurinhas extras que podem continuar localizadas após o parto, costumam incomodar. “Normalmente fazemos a lipo na região do dorso e dos flancos e aproveitamos essa gordura para a gluteoplastia, corrigindo alguma deformidade que possa acontecer”, conta o médico
A abdominoplastia não fica atrás. “Associamos a lipoaspiração à abdominoplastia, dependendo do nível de flacidez”. O procedimento remove o excesso de pele e ajuda na correção da diástase, que é o afastamento dos músculos abdominais.
Com a produção de leite e alteração hormonal, os seios tendem a variar de tamanho. “Implantes de silicone costumam resolver, mas às vezes precisamos de uma mastopexia, que é a retirada do excesso de pele com ou sem silicone ou com enxerto de gordura”, explica Haroldo.
O médico confirma que é necessário aguardar, no mínimo, 6 meses para que o corpo esteja pronto para encarar uma cirurgia plástica e com menos alterações hormonais. “O mais importante é buscar por uma equipe médica qualificada e independente de já ter passado os 6 meses, é necessário fazer todos os exames. Além disso, é necessário que seja feito em ambiente hospitalar para garantir a segurança dos procedimentos”.
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Fonte: Mulher