Ao anunciar que não se candidatará à reeleição nos Estados Unidos , o presidente Joe Biden já deixou claro seu apoio para a vice-presidente Kamala Harris assumir sua vaga como candidata do Partido Democrata . A “campanha” do atual mandatário ocorreu via rede social neste domingo (21).
No entendimento de Biden, sua vice-presidente é a melhor opção para derrotar Donald Trump , que foi oficializado como candidato à presidência dos EUA na Convenção Republicana da semana passada .
“Meus colegas Democratas, decidi não aceitar a nomeação e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como Presidente durante o resto do meu mandato. Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente”, escreveu Biden, que postou uma foto ao lado da aliada.
“E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, acrescentou o atual presidente dos EUA.
Apesar da campanha de Biden e de Harris ser a favorita entre os eleitores democratas, ainda não há um consenso no partido. No sábado (20), Nancy Pelosi , ex-presidente da Câmara dos Deputados, sugeriu que o partido fizesse uma nova primária.
Nos últimos dias, o nome da ex-primeira-dama Michelle Obama, esposa de Barack Obama, também ganhou força. Segunda uma pesquisa da Reuters, ela seria capaz de derrotar Donald Trump.
Desistência
Biden deixou claro que a pressão do Partido Democrata e de eleitores pesou em sua decisão de abandonar a candidatura. “Foi a maior honra da minha vida servir como seu Presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente no cumprimento de minhas obrigações como presidente pelo restante do meu mandato”, disse.
A pressão aumentou após o péssimo desempenho de Biden no debate com seu adversário Donald Trump, do Partido Republicano, na emissora CNN, no final de junho. Na ocasião, o atual presidente de 81 anos cometeu diversos deslizes e gerou maior preocupação no Partido Democrata sobre sua acuidade mental.
Após o debate, congressistas democratas começaram a se posicionar publicamente pela saída de Biden do pleito. O coro ganhou maior adesão com o aumento das gafes cometidas pelo presidente em entrevistas e comícios – ele chegou a trocar o nome do presidente da Ucrânia com o da Rússia, por exemplo.
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Fonte: Internacional