A ansiedade e a alimentação: uma relação muito próxima de amor e ódio

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A ansiedade e a alimentação: uma relação muito próxima de amor e ódio
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A ansiedade e a alimentação: uma relação muito próxima de amor e ódio

Já se sabe que muitas pessoas descontam seus sentimentos na comida. E não é diferente com um sentimento tão ruim quanto a ansiedade. Níveis elevados de ansiedade podem alterar nosso comportamento e gerar uma compulsão alimentar, que é um grave distúrbio, que acomete pessoas que consomem grande quantidade de comida, em forma de compensação.

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Todos os dias, a nossa mente e o nosso corpo passam por diversas emoções que impactam a qualidade da saúde do organismo. E a alimentação possui uma relação muito próxima com a ansiedade, pois a comida vira uma compensação, uma muleta para ajudar no controle das emoções. E essa associação da comida com uma compensação faz com que se inicie uma compulsão alimentar. Segundo um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 9,3% da população sofre desta doença. O Brasil é hoje o país com a maior taxa de transtorno de ansiedade. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo sejam afetadas por algum tipo de transtorno alimentar, podendo ser bulimia, anorexia, compulsão alimentar, entre outros.

“A pessoa ansiosa associa o fato de comer a um período de bem-estar, pois comer gera uma redução temporária da sensação desagradável que estava lhe acompanhando. A ansiedade é um dos fatores que apresentam relação direta com a compulsão alimentar”, afirma Rizzieri Gomes, médico cardiologista e especialista em melhoria da qualidade de vida. “Quanto mais ansiosa a pessoa fica, pior são suas escolhas de alimentos, pois as pessoas buscam por comidas mais gordurosas, calóricas, já que esses são os alimentos responsáveis por trazer prazer”, completa o médico.

A ansiedade e seus prejuízos à saúde

Dependendo do nível de ansiedade, ela pode trazer diversos prejuízos como tensões, dores de cabeça, dores musculares, problemas gástricos, digestivos, obesidade, falta de concentração e memória, insônia, irritabilidade, depressão e problemas cardiovasculares. “Além de gerar diversos problemas de saúde, a ansiedade é um fator de risco para doenças cardiovasculares.”, afirma o Dr. Rizzieri. “Agora, é muito mais importante a pessoa se manter na dieta 85% do tempo por um longo período do que seguir 100% da dieta por um curto tempo”, completa.

Dados da ABP para a Agência Brasil, apontam que o tratamento para esse tipo de condição deve ser multiprofissional e, quando tratado precoce e corretamente, têm importante taxa de recuperação. No Brasil, considerando todos os transtornos alimentares, conjuntamente, há uma prevalência em 3% a 4% da população, segundo dados da ABP.

7 dicas de Rizzier Gomes para controlar a ansiedade com a alimentação:

Planejar bem as refeições, comer com calma saboreando os alimentos e prestar atenção no que está sendo ingerido, o que facilita o controle de exageros. Por exemplo: se a pessoa gosta de repetir, coloque porções menores no prato para se dar ao prazer de comer mais uma vez e repita mais a salada e os legumes;

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Consumir alimentos que estejam ligados ao aumento da serotonina, pois eles ajudarão a dar aquela sensação de felicidade. São eles: queijo, frango, peru, ovos, salmão, banana, abacate, abacaxi, couve-flor, brócolis, batata, beterraba, ervilhas, nozes, amendoim, caju, castanha do Brasil, soja e derivados, cacau, canela e outros;

Consumir alimentos com fibras, pois eles dão a sensação de saciedade;

Evitar ficar muito tempo sem comer, pois pode causar hipoglicemia (queda de açúcar no sangue), e, em alguns casos, acarretar uma compulsão por alimentos mais calóricos;

Tomar muita água;

Praticar atividade física regular;

Dormir bem.

Fonte: Mulher

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