A importância de desenvolver a escuta ativa nas empresas

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Especialista da orienteme fala sobre a importância de desenvolver a escuta ativa nas empresas
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Especialista da orienteme fala sobre a importância de desenvolver a escuta ativa nas empresas

A comunicação oral é uma das principais características que nos diferenciam dos animais. Somos capazes de falar, receber e processar informações – só que esse fluxo não é tão simples assim. Grande parte das pessoas têm dificuldades para praticar a chamada escuta ativa.

Durante o Setembro Amarelo – campanha anual de prevenção ao suicídio criada no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) – a especialista Renata Tavolaro, Head de Psicologia da orienteme (plataforma de gestão de saúde corporativa), lembra que a escuta ativa é uma habilidade fundamental para as áreas de Recursos Humanos. “Ela desempenha papel crítico nas empresas modernas porque promove a cultura organizacional de mente saudável e também de bem-estar dos colaboradores.

Desde 2015, o Setembro Amarelo tem ganhado cada vez mais força na América Latina ao buscar a valorização da vida como o foco central, disseminando informações sobre os fatores de risco e sinais de alerta. “Em um mundo onde as informações são entregues com cada vez mais velocidade, muitas vezes detalhes importantes, principalmente sobre a saúde emocional dos locutores, passam despercebidos”, diz a especialista.

Renata prossegue dizendo que isso faz com que seja desafiador nos desligarmos de outros estímulos para nos concentrarmos nos interlocutores, ou seja, prestarmos atenção no que nos está sendo falado. “O resultado disso é que a comunicação fica prejudicada, pouco assertiva e com muitos ruídos”, afirma a especialista da orienteme.

Para Renata, a escuta ativa não significa que o ouvinte deve receber informações passivamente, mas sim que ele deve demonstrar interesse genuíno pela fala do interlocutor e, assim, estabelecer um vínculo e uma continuidade na comunicação.

“O primeiro passo é evitar as distrações e as interrupções durante o diálogo, como celular, e-mails, telefonemas, conversas paralelas, etc. Por mais que ainda achemos que não, tudo isso exerce influência sobre a forma como interagimos com as pessoas e com o mundo ao nosso redor”, reforça ela, complementando que é fundamental entender como essa interferência acontece para não deixar que ela atrapalhe.

Outro ponto importante é o controle sobre os pensamentos. Na mente humana, tudo acontece de forma acelerada e, muitas vezes, em meio a uma conversa com alguém, nos surpreendemos com outros pensamentos.

Renata também complementa que essa prática pode impactar no engajamento dos colaboradores, na resolução de conflitos, nos feedbacks construtivos e no bem-estar dos colaboradores, que se sentem mais ouvidos e apoiados.

“A escuta ativa é primordial para a promoção de uma cultura organizacional saudável, para o engajamento dos colaboradores e para o bem-estar geral da equipe. As áreas de recursos humanos desempenham um papel central ao cultivar essa prática dentro da empresa, o que, por sua vez, pode contribuir para o sucesso em longo prazo de uma organização”, comenta.

Ela finaliza lembrando um estudo da consultoria Gartner, feito em 2022, com mais de 400 executivos. Segundo a pesquisa, quando os funcionários se sentem vistos como seres humanos, e não como meros recursos, eles tendem a ter um desempenho 3,8 vezes maior; também ficam com 3,1 vezes mais probabilidade de permanecer na empresa.

“A escuta ativa é uma ferramenta poderosa para aproximar líderes e colaboradores. Para dar certo, basta começar a praticar”, conclui Renata.

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Fonte: Mulher

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