Os efeitos imprevisíveis da natureza, com a ação pouco responsável do próprio homem, têm preocupado especialistas e pesquisadores do clima como Dr. Foster Braun que a há mais de 40 anos acompanha essas mudanças e teme por um futuro incerto para a sobrevivência do ser humano e toda vida no planeta terra
Fotos: Divulgação
Queimadas, altas temperaturas, desequilíbrio ecológico ambiental e as enchentes, temas esses, dos extremos do clima, que estão sendo discutidos nesta terça-feira (03), no Teatro da Universidade Federal do Acre, durante a 5ª Conferência Municipal de Meio Ambiente, realizado pela Prefeitura de Rio Branco.
Os efeitos imprevisíveis da natureza, com a ação pouco responsável do próprio homem, têm preocupado especialistas e pesquisadores do clima como Dr. Foster Braun que a há mais de 40 anos acompanha essas mudanças e teme por um futuro incerto para a sobrevivência do ser humano e toda vida no planeta terra.
“Isso precisa ser seguido por ações que envolvem preparação para eventos extremos, em outras palavras, chuvas mais fortes e inundações e secas mais fortes. É um resultado do processo que está acontecendo no mundo inteiro. Mas para as próximas décadas, porque levou décadas para chegar nesse ponto, nós estamos antecipando eventos mais fortes, mais frequentes. A resposta da sociedade a esses eventos é isso que podemos controlar. A escala geológica não vai ser reversível. Vai piorar mais para as próximas décadas. Nós vamos enfrentar tempos difíceis”, explicou o cientista e pesquisador do clima, Dr. Foster Braun.
Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Nasserala, a 5ª Conferência é um meio para que toda a sociedade possa estar discutindo esses temas tão relevantes sobre os extremos do clima e obviamente refletir sobre o que estamos fazendo com o nosso ecossistema e o que precisamos fazer para frear e tentar minimizar os efeitos já causados.
“Há 11 anos não acontecia essa conferência e vamos estar aqui com toda a sociedade bem representada e buscando aqui ver todas as crises climáticas que nós temos aqui na nossa cidade e levantar todos esses assuntos pra gente levar para estadual que vai ser discutida no mês de março e a nacional no mês de maio”.
Representando o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom, no evento, o Assessor Técnico de Gabinete, Alysson Bestene, falou dos desafios que o poder público tem, frente aos desastres e mudanças climáticas que afetam toda a sociedade.
“A gente sabe que é um grande desafio, é um tema mundial. Aqui na nossa capital não é diferente com os desastres em relação a essas mudanças climáticas. A gente tem vivenciado isso aqui na capital, seja nas cheias, seja nas secas. A gente tem visto que essas mudanças têm ocasionado na nossa região, em especial na nossa querida Rio Branco. E nada melhor do que se debater, se discutir, medidas para que a gente possa enfrentar esses desafios para mais 10, 20 anos. Eu tenho certeza que a prefeitura municipal, com o prefeito Tião Bocalom e toda a equipe da secretaria do Meio Ambiente, estão envolvidos nesse propósito, imbuídos em cada vez mais melhorar para que diminui esses impactos no nosso meio ambiente em especial, o impacto na cidade como um todo”.
A coordenação da 5ª Conferência Municipal de Meio Ambiente, pontuou que essa etapa na capital acreana, é uma preparação para uma segunda etapa estadual e nacional, convocada pelo Ministério do Meio Ambiente, para 2025, com objetivo de discutir as emergências do clima e os desafios das transformações ecológicas.