Respiração, regulação de temperatura, circulação sanguínea, nutrição e interação social são algumas das transformações que um bebê passa assim que sai da barriga da mãe. Em meio a alterações e descobertas, o sistema digestivo enfrenta um processo de amadurecimento para receber o alimento materno e essa adaptação, mesmo sendo natural, nem sempre ocorre de forma tranquila. É assim que surgem as cólicas do bebê que, nos primeiros meses de vida, ainda não consegue processar de forma completa novos alimentos.
As cólicas são parte de uma experiência comum para muitos bebês e podem ser desafiadoras para pais e mães. Entre os recorrentes questionamentos sobre o tema, associar a alimentação da mãe às cólicas do bebê é o mais comum. Mas, será que essa relação tem sentido? Pediatra neonatologista e professor do curso de Medicina da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), Walter Peres destaca que é importante compreender se de fato há esse vínculo para entender como gerenciar a situação.
Primeiro, vale ressaltar que a amamentação é a melhor maneira de nutrir o bebê e pode, inclusive, ajudar a prevenir as cólicas. No entanto, certos alimentos na dieta da mãe podem, eventualmente, causar desconforto no bebê. Antes de sair fazendo qualquer tipo de restrição para evitar as cólicas, a mãe deve observar. Se houver suspeita de que a dieta está contribuindo para as cólicas do bebê, o correto é manter um diário alimentar para identificar se há padrões. Ou seja, se sempre os mesmos alimentos desencadeiam os mesmos sinais”, explica o médico.
O neonatologista complementa com uma dica essencial: “Não há nada que você mamãe não possa comer ou tomar por conta da cólica do seu bebê. Mas fique atenta. Se achar que algo piora, então faça uma análise em conjunto com seu pediatra e tome a melhor decisão em relação a se deve ou não evitar o alimento em questão”.
Consultar um pediatra pode, além de ajudar a mãe a criar uma estratégia alimentar adequada, orientar e prescrever outras medidas para amenizar as cólicas. “É preciso lembrar que as cólicas geralmente melhoram à medida que o sistema digestivo do bebê amadurece. Cabe à família ser paciente nesta hora, sem deixar de cuidar bem da mamãe e do bebê”, finaliza o especialista.
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Fonte: Mulher