“Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo e relação à lei marcial emergencial. Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente”, afirmou Kim em uma declaração enviada aos jornalistas.
A renúncia do ministro da Defesa ocorre horas após o chefe de gabinete da presidência e dez dos assessores de Suk Yeol também terem entregado o cargo. Decisão ocorre após o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, voltar atrás e revogar o próprio decreto, que definia lei marcial no país.
As renúncias foram entregues em meio à crise gerada pelo decreto de lei marcial — já revogado —, feito pelo presidente, e que restringia direitos civis. A revogação do decreto ocorreu depois que os deputados da Assembleia Nacional votaram para banir a medida.
Entre os que ofereceram a renúncia, estão Chung Jin-suk, chefe de gabinete presidencial; o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik; e Sung Tae-yoon, chefe de gabinete para política.
Entenda: a lei marcial é um dispositivo que restringe o acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares. Yoon argumentou que queria “limpar” o país de aliados da Coreia do Norte e fez críticas à oposição. Segundo ele, forças “antiestado” estavam tentando paralisar as funções do governo e desestabilizar a ordem constitucional do país.
Parlamento da Coreia do Sul discute impeachment do presidente após Lei Marcial
Seis partidos de oposição apresentaram um projeto pedindo o impeachment de Yoon depois que ele declarou Lei Marcial — medida revogada horas mais tarde.
O principal partido de oposição, o Partido Democrata, disse que começou a formalizar planos de acusação de traição contra o presidente. A oposição precisa de cerca de oito integrantes do partido governante para conseguir apoio para a moção.