A terceira colocada no primeiro turno das eleições presidenciais da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou nesta quarta-feira (25) para quem será o apoio após sair da corrida eleitoral. A candidata derrotada informou em entrevista que apoiará o candidato radical de direita, Javier Milei, no segundo turno contra Sergio Massa. No discurso, Bullrich disse que “não pode se manter neutra” neste momento de luta para que a economia argentina cresça.
Bullrich faz parte do bloco conservador da oposição, que está apoiando Milei na candidatura. O segundo turno será disputado entre o candidato da direita e o atual ministro da Economia, Sergio Massa. A data da votação está marcada para o dia 19 de novembro.
O primeiro turno foi recebido com surpresa, com Sergio Massa sendo o mais votado, com 36% dos votos. O segundo lugar ficou com Milei, com 30%, e Bullrich surge com 24%. Nas eleições primárias, o cenário foi diferente, com Milei surgindo com alta vantagem em primeiro lugar, e logo em seguida vinha Bullrich em segundo.
Javier Milei já havia aberto uma possível porta a Bullrich em seu governo, caso viesse a ganhar. “Se quiser somar, ela será bem-vinda”, disse o ultraliberal nesta semana. Com o possível convite, o discurso dele teve uma virada comparado com o que vinha sendo dito na campanha. Milei havia feito acusações contra a adversária, dizendo que Bullrich teria colocado bombas em escolas primárias nos anos 1970.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou a eleição do país vizinho, e afirmando: “Nós estamos acompanhando com interesse por causa do Mercosul. O Mercosul é muito importante, a Câmara acaba de aprovar a entrada da Bolívia no Mercosul, está no Senado agora. Para nós é importante consolidar uma integração na região”. Haddad já ressaltou anteriormente que a vitória de Milei preocupa o país.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, havia prometido ajudar Massa, motivando a vindo do candidato ao Brasil no fim de agosto. Segundo o jornal argentino La Nación, o petista teria dito que auxiliaria para conseguir “parar a direita”.
Fonte: Internacional