Atleta do Marrocos é a 1ª a usar hijab numa Copa do Mundo Feminina

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Marroquina Nouhaila Benzina é a 1ª a usar hijab numa Copa do Mundo Feminina
Reprodução/Instagram/gianni_infantino

Marroquina Nouhaila Benzina é a 1ª a usar hijab numa Copa do Mundo Feminina

Na madrugada deste domingo (30), a partida entre Marrocos e Coreia do Sul pela Copa do Mundo Feminina — que culminou na vitória de 1 a 0 para o país africano — ficou marcada por dois feitos históricos. O primeiro é porque o Marrocos é o primeiro país arábe a disputar o torneio feminino, e o segundo, porque a zagueira marroquina Nouhaila Benzina se tornou a primeira atleta da história a usar um hijab durante uma disputa pelo Mundial da FIFA.

O hijab é um conjunto de vestimentas que faz parte da doutrina islâmica e, segundo a religião, remete à privacidade, modéstia e moralidade.

A jovem de 25 anos já disputou 15 partidas com a camisa do Marrocos e, no país, atua na Associação Esportiva das Forças Armadas Reais. Na primeira partida do Marrocos pela Copa do Mundo Feminina 2023, Nouhaila Benzina ficou no banco de reservas, mas já tinha feito história ao aparecer com a peça nos gramados. Na ocasião, o Marrocos perdeu de 6 a 0 para a Alemanha.

“Não tenho dúvidas de outras mulheres e meninas muçulmanas vão olhar para Benzina e realmente se inspirar – não apenas as jogadoras, mas acho que autoridades, treinadores e atletas de outros esportes também”, disse Assmaah Helal, co-fundadora da Rede de Mulheres Muçulmanas no Esporte, à agência de notícias AP.

Já a capitã do Marrocos, Ghizlane Chebbak, falou da honra de representar a primeira nação árabe a disputar o campeonato. “Estamos honradas em ser o primeiro país árabe a participar da Copa do Mundo Feminina e sentimos que temos uma grande responsabilidade de passar uma boa imagem e mostrar a conquistas da seleção marroquina”.

O uso do hijab dentro de campo é recente: em 2007, a FIFA proibiu seu uso, alegando questões de “saúde e segurança”. Cinco anos depois, a entidade decidiu liberar a vestimenta por um período experimental, após pedido de revisão da regra feito pela Confederação Asiática. A proibição só foi suspensa oficialmente em 2014.

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Fonte: Mulher

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