Autoestima e adolescência: como lidar com períodos de altos e baixos?

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Autoestima e adolescência - Como lidar com períodos de altos e baixos?
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Autoestima e adolescência – Como lidar com períodos de altos e baixos?

Ao mesmo tempo em que a adolescência é um dos períodos mais incríveis e cheios de descobertas na vida de qualquer pessoa, também acaba sendo uma das fases mais difíceis – tanto para os jovens, quanto para seus pais e responsáveis – justamente pelo volume de mudanças e transições vivenciadas ao mesmo tempo.

Os hormônios são responsáveis por grandes mudanças. O corpo, o comportamento, o humor, os sentimentos, tudo é afetado por essa transição pela qual o organismo passa. Além disso, os adolescentes deixam de ser considerados crianças em algumas situações, porém não são maduros o suficiente para tantas outras, o que normalmente cria uma certa confusão quanto a quem o adolescente é e que lugar ele ocupa na família e na sociedade.

Nessa fase, é comum que eles queiram passar muito tempo sozinhos. Alguns desejam se esconder mesmo. Ao mesmo tempo, anseiam por serem notados e reconhecidos. Trata-se de uma confusão importante entre sensações e ações. Os sentimentos ficam desencontrados, os adolescentes se sentem pressionados por si mesmos, por seus pais, pelos amigos, irmãos, professores e por tantas outras pessoas, mesmo que nenhuma palavra do gênero seja direcionada a eles.

Também é normal que tudo gere um certo medo e ansiedade, que exista um grande receio quanto ao futuro, ao mesmo tempo em que fervilham questões importantes ligadas à estética. A aceitação por um determinado grupo de amigos e os relacionamentos ganham uma importância absurda e então a autoestima oscila. Ora está em alta e eles se sentem incríveis, capazes de tudo. Em seguida, são os piores em tudo e já não são bons o suficiente para nada.

De acordo com Sueli Conte – que é doutoranda em Neurociências, Psicóloga, Pedagoga, além de mestre em Educação e fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte, localizado na zona sul de São Paulo, destinado a cuidar da saúde emocional e psíquica de crianças, adolescentes e das famílias – é importante entender que autoestima é a junção de vários julgamentos que um indivíduo faz de si mesmo, associados a diversas emoções e sentimentos. Além disso, de acordo com a profissional, a autoestima pode transitar entre o que idealizamos para nós e o que acreditamos que deveríamos ser, ou seja, na comparação com os outros, sejam essas pessoas próximas ou não.

“É natural, diante de todas as mudanças vividas durante a adolescência, que esses jovens se sintam inseguros em relação a aparência, ao comportamento e outros pontos. Esses pontos devem ser motivo de preocupação quando limitam as experiências dos adolescentes e os bloqueiem de vivenciar situações típicas da idade, por se sentirem excluídos ou não aceitos pelo seu grupo”, avalia.

Segundo a especialista, adolescentes com autoestima elevada geralmente são confiantes, procuram aprender coisas novas, enxergam o futuro de forma otimista, conhecem seus pontos fortes e fracos, são empáticos e demonstram boa inteligência emocional. Aqueles que manifestam baixa autoestima, por sua vez, demonstram sentimentos de inferioridade, não se sentem respeitados, têm medo de fracassar e por isso deixam de agir, muitas vezes podem se tornar indisciplinados, não assumem responsabilidades, podem ser mais agressivos e se sujeitam a comportamentos ruins para se encaixar no grupo.

A fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte explica que algumas estratégias podem ajudar a promover a autoestima nos adolescentes. Entre elas, a profissional destaca a importância da generosidade em relação aos elogios. “Elogie esforços feitos pelo adolescente para atingir um determinado objetivo, não necessariamente o resultado alcançado. Ao fazer isso, mostramos que o esforço é tão importante quanto a meta”, destaca a profissional, que ressalta, ainda, a importância de, ao mesmo tempo, estabelecer expectativas realistas em relação aos resultados que realmente podem ser atingidos. “Ao fazer isso, eles ganham confiança para batalhar por resultados cada vez melhores. Quando estipulamos metas inalcançáveis, podemos acabar provocando um efeito contrário, de desestimulá-los e, pior, de fazê-los acreditarem que não são capazes”, explica.

Por fim, Sueli Conte afirma que é interessante criar um espaço de diálogo com os adolescentes. “Pode ser puxando assunto ou criando um momento especial em família, como um dia ou horário na semana para a prática de uma atividade em conjunto. Além de fortalecer os vínculos, é durante essas conversas que se torna possível identificar o que aflige o adolescente e auxiliá-lo na busca por uma solução inteligente para as situações”, orienta a profissional, que também recomenda a realização de sessões de Barras de Access e ThetaHealing, terapias que auxiliam no desenvolvimento das capacidades de cada indivíduo.

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Fonte: Mulher

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