A autoridade eleitoral da Venezuela confirmou, nesta sexta-feira (2), a reeleição para um terceiro mandato do presidente Nicolás Maduro com 52% dos votos, sobre o opositor Edmundo González Urrutia (43%), que denuncia fraude e reivindica a sua vitória.
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, leu o boletim atualizado com 97% das atas de votação apuradas, o que dá a Maduro 6,4 milhões de votos contra 5,3 milhões de González Urrutia, que os Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Peru reconhecem como o vencedor.
Auditoria
A Suprema Corte da Venezuela convocou, nesta quinta-feira (1º), os 10 candidatos à presidência a participarem nesta sexta (2), às 15h (horário de Brasília), da auditoria das eleições, que ocorreram no último domingo (28).
Os integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro, apontado como vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A direção do órgão eleitoral também é realizada por um aliado de Maduro.
Ainda assim, a auditoria ocorre a pedido do próprio Maduro. Segundo o presidente, a maior instância da Justiça venezuelana é a única que tem o poder de auditar o resultado das eleições e conferir os resultados do CNE.
Protestos da oposição
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, convocou uma nova onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro “em todas as cidades” do país neste sábado (3)
“Precisamos continuar firmes, organizados e mobilizados, com orgulho por ter obtido uma vitória histórica em 28 de julho e a consciência de que, para aproveitá-la, teremos de ir até o fim”, disse ela em um vídeo publicado nas redes sociais. “O mundo vai ver a força e a determinação de uma sociedade decidida a viver em liberdade”, acrescentou.
EUA não reconhecem vitória de Maduro
Nessa quinta (1), os Estados Unidos anunciaram oficialmente o reconhecimento da vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições venezuelanas contra Maduro.
Em comunicado, o secretário de Estado, Anthony Blinken, destacou falhas significativas no processo eleitoral conduzido pelo CNE, que é controlado pelo governo Maduro.
Na ocasião, Blinken disse que “o processamento desses votos e o anúncio dos resultados pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) controlado por Maduro foram profundamente falhos, produzindo um resultado anunciado que não representa a vontade do povo venezuelano”.
*Em atualização
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Fonte: Internacional