Desembarcou em Brasília na manhã desta quinta-feira (2) a aeronave VC-2, da Presidência da República, com 32 repatriados da Cisjordânia – território palestino ocupado por israelenses que também vêm sofrendo com a guerra no Oriente Médio – dentre eles 30 brasileiros.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 8h15 na capital federal. Dos 32 passageiros, 11 eram crianças e seis idosos, sendo dois deles cadeirantes. Os dois únicos que não eram brasileiros, uma jordaniano e um palestino, são casados com brasileiros. Seis do grupo total desembarcaram no Recife também nesta manhã, às 5h30, enquanto os demais seguiram para Brasília.
No entanto, dos 26 que chegaram, apenas um ficará na capital federal. Dois seguirão por terra para Goiânia, e os outros todos serão levados a seus destinos em voos gratuitos cedidos pela companhia aérea Azul.
Nazmieh Mohamed, de 72 anos, única passageira que permanece no Distrito Federal, relatou muito medo e assegurou: “tem muito brasileiro na Faixa de Gaza e ninguém está seguro lá”.
Operações já trouxeram mais de mil brasileiros do Oriente Médio
O governo brasileiro atuou no resgate do grupo na Cisjordânia, antes da chegada à Jordânia. Três ônibus e vans alugados pela representação do Brasil conduziram os brasileiros de 11 cidades da Cisjordânia até a cidade de Jericó. De lá, o grupo realizou os trâmites migratórios e cruzou a fronteira com a Jordânia.
Depois, um ônibus fretado pelo governo brasileiro levou o grupo até a capital Amã, em um trajeto de pouco mais de uma hora.
A Voltando em Paz, realizada pelo Governo Federal, já garantiu, com a conclusão deste voo, o retorno seguro de 1.445 passageiros, em oito voos vindos de Israel e um da Jordânia, todos comandados pela Força Aérea Brasileira (FAB). No total, são 1.440 brasileiros, três bolivianas, um palestino e um jordaniano, além de 53 animais de estimação.
“Estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza. Alugamos casas e conseguimos enviar recursos para que comprem alimentos, água, gás e remédios no precário mercado local. Estamos oferecendo apoio de psicóloga e médico a distância. Infelizmente, as perspectivas são de rápida degradação das condições de vida e segurança. Os brasileiros têm que ser autorizados a sair o mais rápido possível pelas partes envolvidas, para retornarem a salvo ao Brasil”, disse, na segunda-feira (30), o embaixador Alessandro Candeas.
Fonte: Nacional